Festas com multidões são encerradas pela polícia em várias partes do país

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Flagrantes foram feitos em cidades como Recife, Trancoso e em muitas da Grande BH. Todos foram feitos na época do Natal. Com as festas de fim de ano, a situação deve piorar.

Os alertas dos médicos são diários, os apelos das autoridades de saúde pública também. Mas muitos brasileiros não estão levando a sério o risco de contágio.

Foto: Divulgação / Polícia Militar de Videira

Nos últimos dias, com o feriado de Natal, as festas se multiplicaram, e o perigo de contaminação também.

A PM e o Procon interromperam uma festa, lotada, em um bar no Recife. Muitos frequentadores não usavam máscara. A polícia também acabou com uma festa ilegal em um condomínio de luxo em Trancoso, Porto Seguro.

No Sul do país, a situação se repetiu. Em Itajaí, Santa Catarina, um restaurante foi fechado pela PM duas vezes em menos de 24 horas. Ele funcionava como uma casa noturna, mas não tinha alvará para isso.

Infectologista Carlos Starling reforça que o perigo não é só para quem frequenta essas festas. Parentes, vizinhos, todos acabam correndo risco também.

“Isso significa um risco enorme para as pessoas que estiverem lá e que não estiverem lá. Os familiares desses participantes, que certamente terão as consequências do indivíduo na festa. Uma pessoa, se estiver cantando, falando alto, pode infectar de 25 a 50 pessoas em uma noite. E a médio prazo, em torno de sete a dez pessoas morrem em função de um evento dessa natureza”.

Não é novidade nem para os frequentadores nem para os organizadores que as aglomerações estão proibidas. Mas tem gente que parece que não se importa.

Em Minas, mais flagrantes de descuidado com a saúde. Em um bar em Betim, na grande BH, a pista de dança ficou lotada. Em outro, em Sabará, era tanta gente que nem dava para calcular o tamanho da multidão. Em Santa Luzia, um DJ comandou uma festa em uma quadra esportiva. Aglomeração também em Contagem. O gerente alegou que perdeu o controle da multidão.

As consequências já são visíveis em Belo Horizonte. A ocupação dos leitos de UTI quase dobrou em três meses.

Com as festas de fim de ano, a situação deve piorar. Uma única festa irregular pode custar vidas de todas as idades, inclusive daquelas pessoas que se cuidam, mas que têm contato com quem ignora as normas sanitárias.

“Essas aglomerações vão ter repercussão muito séria agora no princípio de janeiro e fevereiro. Então, nós estamos próximos de uma vacina e, portanto, próximos de também começarmos a sair dessa epidemia. E não vale a pena todo o esforço que foi feito ao longo de 2020 para jogarmos tudo fora agora no princípio de 2021”, avalia Carlos Starling.

Por Jornal Nacional

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
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