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Covid-19: Brasil é o 1º do mundo em mortes por milhão de habitantes

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Número de óbitos pelo novo coronavírus no país é quase cinco vezes maior que a taxa global.

A taxa de mortes provocadas pela Covid-19 no Brasil é 4,7 vezes maior que a taxa global, de acordo com dados divulgados no boletim extraordinário do Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Friocruz), na sexta-feira (25).

No mundo, a taxa de mortes corresponde a 497 por milhão de habitantes. No Brasil são 2.364 óbitos por milhão de habitantes.

Assim, o país ocupa a primeira posição mundial no ranking de mortos por milhão de habitantes, com dados piores do que os registrados entre países com grande população, como os Estados Unidos.

FOTO: MANIFESTAÇÃO EM COPACABANA EM MEMÓRIA BRASILEIROS MORTOS PELA COVID-19 NO BRASIL. FOTO: ONG RIO DE PAZ

Só no início do ano, foram contabilizadas 100 mil novas mortes em apenas dois meses e 17 dias. Na semana passada, o Brasil ultrapassou a marca dos 500 mil mortos na pandemia.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse resultado tem relação direta com uma combinação de fatores, como falhas do governo central no desenvolvimento de estratégias para a prevenção da transmissão da doença; descoordenação de políticas e ações entre os governos federal, estadual e municipal; desvalorização das medidas preventivas e de tratamentos baseados na ciência; além da negação do potencial impacto da pandemia, entre outros fatores.

A transmissão comunitária da Covid-19 permanece em níveis extremamente elevados em quase todo o país, com taxa de incidência acima de 10 casos por 100 mil habitantes. Os especialistas ressaltam a necessidade do emprego de esforços para manter políticas de contenção da transmissão e intensificação da vacinação.  

Entre os dias 13 e 19 de junho, foi registrada uma média de 72.700 casos e 2.070 mortes por dia, um aumento de cerca de 1,3% no número de casos e de 0,8% no número de mortes.

O aumento do número de novos casos costuma ser seguido por um aumento no número de óbitos após duas semanas, destacam os pesquisadores. Por isso, a projeção é de uma tendência de alta nas mortes pela Covid-19 até o fim de junho.  

O Brasil contabiliza, desde o início desse mês, cerca de 10% do total de casos registrado em todo mundo.  A média móvel do percentual de casos diários de Covid-19 no país está em torno de 20%, o que significa que a cada cinco casos registrados no mundo, um ocorre no Brasil.  

Em relação aos óbitos, desde junho o Brasil responde por cerca de 10% do total de mortes no mundo. Os dados mais recentes apontam que de cada cinco mortes pelo novo coronavírus que ocorrem no mundo, uma é no Brasil.  

Mortalidade de grávidas e puérperas

Vacina contra Covid-19 é aplicada em mulher grávida no estado de São Paulo

O país também é o com maior número de mortes maternas provocadas pela Covid-19. A taxa de mortalidade entre grávidas e puérperas é de 7,2%, quase três vezes maior do que a atual taxa de mortalidade por Covid-19, 2,8%.

Em 2020, foram relatadas no país 560 mortes pela Covid-19 em grávidas e puérperas. Até meados de junho de 2021, o número de mortes registradas foi de 1.156, ou seja, o dobro do ano anterior.   

Para os especialistas, este cenário está relacionado às alterações morfológicas da gestante, quando ocorre uma alteração das estruturas circulatórias para atender à demanda de crescimento do bebê. Além disso, a oferta de leitos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) no Brasil é outro fator que contribui para mortalidade materna.  

Os pesquisadores ressaltam que o plano de enfrentamento da pandemia deve incluir mulheres grávidas e puérperas como um grupo de risco independente de comorbidades.  

Vacinação precisa avançar

No país, 27,2% das pessoas vacinadas completaram o esquema vacinal com duas doses e 72,8% só receberam a primeira dose do imunizante.  

Em 13 estados, o percentual de vacinados com segunda dose é menor que a média nacional. Os estados do Maranhão, Acre e Sergipe apresentam percentual de população imunizada com esquema vacinal completo inferior ao percentual nacional, que é de 25%.

Segundo dados do Ministério da Saúde, 87,2 % dos imunizantes adquiridos já foram destinados aos municípios para aplicação.

Nove estados apresentam percentual de repasse inferior ao observado nacionalmente. Os estados de Rio Grande do Sul, Alagoas e Roraima apresentam repasse inferior a 80% das doses aos municípios.

Isabelle Resende, da CNN, no Rio de Janeiro

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