“É uma corrupção virtual”, diz Ciro Nogueira, sobre suspeitas no MEC

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Ministro fala que não houve irregularidades, uma vez que “nenhum recurso foi desviado”

O ministro Ciro Nogueira (Casa Civil) disse que as supostas irregularidades no MEC (Ministério da Educação) não ocorreram. Ele chamou o episódio de “corrupção virtual” e falou que o caso não atrapalha o discurso anticorrupção do governo de Jair Bolsonaro (PL).

“Não houve corrupção. É uma corrupção virtual. Existem as narrativas, mas o que foi desviado lá? Não foi pago nada. Não foi empenhado nada”, declarou em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada neste domingo, 10.

A ser questionado do motivo pelo qual falou em “corrupção virtual”, respondeu: “Porque não aconteceu. Vocês já esmiuçaram esse caso. Algum recurso foi desviado? Nenhum recurso foi desviado, porque não foi pago nada. É igual à questão das vacinas, é uma corrupção virtual, que não existiu.”

Arthur Menescal/Especial Metrópoles

Segundo ele, ninguém do governo discutiu o pagamento de propinas.

Áudio vazado no fim de março mostra o então ministro Milton Ribeiro (Educação) dizendo priorizar repasse de verbas a municípios indicados por um pastor evangélico a pedido do presidente. A declaração foi realizada em uma reunião no MEC com prefeitos, líderes do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) e os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.

O ex-ministro disse que Bolsonaro “não pediu atendimento preferencial a ninguém” e, em 28 de março, pediu demissão do cargo.

Ciro afirmou que Milton Ribeiro é “um homem de bem, correto, sério” que “todo o nosso respeito”. Disse não ter dúvidas de que o ex-ministro será inocentado e, por isso, não vê problema na reintegração dele ao governo. “Mas não é decisão minha, é do presidente”, falou.

O ministro da Casa Civil falou não ver problema que pastores participem de reunião no MEC.

ELEIÇÃO

Ciro Nogueira disse que Bolsonaro “tem direito à reeleição” e “o próximo [mandato] dele vai ser muito melhor que o 1º”, pois o Brasil não enfrentará o pior da pandemia ou da guerra entre Ucrânia e Rússia.

“O maior cabo eleitoral de Bolsonaro é o [ex-presidente] Lula [PT]. O Bolsonaro de hoje é muito melhor do que o Bolsonaro de 2018. O Lula é o contrário. O Lula de hoje é muito pior do que o Lula de 2002. Tenho certeza que as pessoas não vão querer isso”, declarou.

O ministro falou que, hoje, Bolsonaro só perde para ele mesmo. “Não Bolsonaro, mas o governo como um todo. Se não tomar medidas corretas, se for fazer medidas eleitoreiras, estourar o teto de gastos”, disse. “Nós já estamos nos 45 do segundo tempo, com a bola na marca do pênalti. Presidente só precisa chutar para o gol.”

Segundo ele, “o 2º turno já começou” e vai ganhar “quem for capaz de atrair o centro, que hoje está, na quase totalidade, com o Bolsonaro”. Ciro disse não acreditar que a aliança de Lula com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) ajude o petista a ganhar o centro.

“O Alckmin envelheceu a chapa. Não em idade, mas em ideias. É uma chapa de contrastes, que não atrai o eleitorado que pensa no futuro”, falou.

Sobre a possibilidade de Walter Braga Netto compor a chapa com Bolsonaro, Ciro disse que “há expectativa”, mas que Bolsonaro não confirmou a indicação. “Sempre defendi que o presidente tivesse total liberdade de escolher uma pessoa de confiança. E o Braga Netto se adequa a esse perfil”, afirmou.

Caso Bolsonaro não seja reeleito, o ministro descartou fazer parte de um governo petista: “O senador Ciro Nogueira provavelmente vai voltar para o Senado e estará na oposição”.

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Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
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