Bolsonaro sanciona LDO 2023 com vetos e projeção de alta de 2,5% para o PIB

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O presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou, com vetos, a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2023. A sanção foi publicada hoje no Diário Oficial da União.

A LDO é uma peça elaborada pelo Congresso Nacional que tem como objetivo apontar quais metas e prioridades serão executadas pela União no ano seguinte.

Além disso, o texto traça um plano de trabalho e como ele deve se desdobrar, elencando ainda o montante de recursos que o governo pretende economizar e as regras, vedações e limites para as despesas dos poderes.

De acordo com a publicação feita no Diário Oficial, Bolsonaro vetou ao menos 36 trechos da LDO. O texto havia sido aprovado pelo Congresso em 12 de julho. Na Câmara, a peça teve 324 votos favoráveis e 10 contrários. Já no Senado, foram 46 votos a favor e 23 contra.

Alta do PIB estimada em 2,5%

Ainda segundo o texto sancionado pelo chefe do Executivo federal, a estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) do ano que vem ficou fixado em uma alta de 2,5% — o mesmo percentual é previsto para 2024 e 2025.

Inflação a 3,3%

O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é a inflação oficial no país, ficou previsto em 3,3% no acumulado do ano que vem. Segundo dados divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA acumula alta de 4,77% em 2022; nos últimos 12 meses, a alta é de 10,07%. Os números continuam acima da meta do Banco Central para a inflação neste ano, de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto.

Taxa de juros a 10%

A taxa de juros da Selic, tido como o principal mecanismo para o combate à inflação, tem previsão de encerrar 2023 a 10%. Em 2024, o percentual previsto é de 7,7% e, em 2025, 7,1%. Hoje, a taxa está em 13,75% ao ano, após o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) decidir, na semana passada, elevar os juros em 0,5 ponto percentual.

O acréscimo fez a Selic atingir o maior patamar desde o reajuste estabelecido de dezembro de 2016 até 11 de janeiro de 2017, quando a taxa também estava em 13,75%.

Salário mínimo abaixo da inflação 4º ano

A LDO também que prevê salário mínimo de R$ 1.294 em 2023, um aumento de R$ 82 em relação a este ano. Se o valor for confirmado, vai ser o quarto ano seguido sem reajuste real — ou seja, acima da inflação — para o piso nacional.

Considerando a inflação acumulada de 10,07% nos últimos 12 meses, divulgada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o salário mínimo para compensar o aumento dos preços deveria ser de R$ 1.341,68, um aumento de R$ 129,68 em relação ao valor atual do piso.

Com informações do UOL

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