Parlamentares do PL já veem derrota como certa.
Segundo informações de bastidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a expectativa é de que o julgamento que possibilita a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no dia 22 deste mês, consiga colher seis votos condenatórios e apenas um voto favorável a ex-comandante, sendo este do ministro Kássio Nunes Marques.
Entretanto, Nunes Marque pode, ainda, pedir vista do processo, fazendo com que haja o seu adiamento por alguns meses, visto que o recesso do Judiciário, de julho, se proxima. Por isso, interlocutores dos magistrados desejam que as articulações, para evitar que o ministro acione o pedido de vista, intensifiquem-se na última semana.
O relator da ação, ministro Benedito Gonçalves, já encaminhou aos demais integrantes do STF o voto que vai anunciar no julgamento. O texto, que está mantido em sigilo, tem cerca de 460 páginas.
Por intermédio de sua assessoria, Nunes Marques informou que ninguém ainda o procurou para tratar sobre o pedido de vista.
No Partido Liberal (PL), que hospeda o ex-presidente, a derrota já dada como certa. Nos últimos anos, aliados de Bolsonaro já não contavam mais com as chances de Nunes Marques fazer o pedido e promover o adiamento do plenário, por identificarem que a decisão apenas delongaria algo inevitável.