Em Brasília, MDS monta tenda para apresentar a nova composição da cesta básica

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A ação, que contou com a presença de agricultores familiares e do IDEC, ilustrou os benefícios de uma dieta equilibrada

Comer bem parece fácil, mas entre o saber e o fazer, muitos brasileiros esbarram em obstáculos como o preço dos alimentos, a falta de tempo e a publicidade insistente de produtos ultraprocessados. Para mostrar que uma alimentação saudável e acessível é possível, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) montou uma tenda em frente ao bloco B da Esplanada dos Ministérios, nesta sexta-feira (06.12), com o objetivo de apresentar a nova composição da cesta básica e os benefícios de uma dieta equilibrada, com degustação de produtos frescos e regionais. 

A ação, que contou com o apoio do Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), que comprou os alimentos, e de agricultores familiares, ilustrou, na prática, os benefícios de uma dieta equilibrada e o papel da cesta básica nesse processo.Angélica participou das atividades sobre a nova cesta básica e compartilhou sua experiência sobre a manutenção de uma alimentação saudável em meio a uma rotina atribulada (Foto: André Oliveira / MDS)Angélica de Souza Silva, 22 anos, é estagiária no MDS e estudante de Nutrição. Natural da Bahia, Angélica participou das atividades sobre a nova cesta básica e compartilhou sua experiência sobre a manutenção de uma alimentação saudável em meio a uma rotina atribulada.

“É preciso refletir sobre como a correria do dia a dia impacta nossas escolhas alimentares. Muitas vezes, a praticidade dos alimentos industrializados fala mais alto, mesmo sabendo que a alimentação saudável exige mais atenção e planejamento”, contou Angélica.

A estudante também compartilhou dicas de como se organizar para manter uma rotina alimentar saudável, conciliando estágio, faculdade e trabalho. “Aproveito o domingo à noite para preparar as refeições da semana. Cozinho batata-doce, cenoura e brócolis na panela elétrica, pois são alimentos que posso armazenar por um tempo. As hortaliças que não podem ser cozidas, já deixo higienizadas e armazenadas para facilitar o preparo das marmitas durante a semana”, revelou.

Angélica participou das atividades sobre a nova cesta básica e compartilhou sua experiência sobre a manutenção de uma alimentação saudável em meio a uma rotina atribulada (Foto: André Oliveira / MDS)

Para Angélica, a principal barreira para uma alimentação saudável é o tempo. “As pessoas têm dificuldade em gerenciar o tempo e acabam optando por opções mais rápidas e menos nutritivas”, observou.

A secretária Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Lilian Rahal, destacou a importância de uma cesta básica que atenda às necessidades nutricionais da população e que leve em consideração os hábitos alimentares e a diversidade regional.

“Trouxemos este exemplo do que pode ser uma cesta básica saudável, baseada no consumo da população brasileira, e que acreditamos poder orientar nossas políticas públicas de produção, acesso e consumo de alimentos”, afirmou Lilian Rahal.

A secretária ressaltou ainda a necessidade de reconhecer os diferentes hábitos alimentares das diversas regiões do país. “É fundamental reconhecermos que diferentes regiões e populações possuem hábitos alimentares distintos, de acordo com os produtos disponíveis localmente”, disse.

A tenda contou com um jogo interativo que ensinava, passo a passo, como ter uma vida mais saudável, com base no Guia Alimentar para a População Brasileira. O guia incentiva a priorização de alimentos in natura ou minimamente processados, o consumo moderado de óleo, sal e açúcar, a limitação de alimentos processados e a exclusão de ultraprocessados.

Foto: André Oliveira / MDS

Desgustação

Foto: André Oliveira / MDSO evento também proporcionou aos cidadãos a oportunidade de degustar alimentos saudáveis e conhecer de perto a diversidade de produtos da cesta básica, incluindo itens do Cerrado, como doces, pães, castanha de baru, pequi e café.

Rubens Malaquias, 46 anos, agricultor familiar da região de Samambaia (DF), participou da ação oferecendo degustação de produtos cultivados em sua chácara. “Oferecemos uma variedade de pães, incluindo com pequi e abóbora, além dos tradicionais. Também temos um creme de pequi, um patê com ervas finas, geleias de acerola e frutas vermelhas, homus, bolo, frutas e café”, contou.  

Ana Maria Tomás Maria Martins, 33 anos, representante do Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), ressaltou a importância de uma cesta básica que garanta o acesso à “comida de verdade”, composta por alimentos nutritivos e que promovam a saúde.

“Nosso objetivo é mostrar a composição da cesta básica, de acordo com o decreto do MDS, e solicitar ao Congresso que garanta que a cesta básica em discussão seja saudável e alinhada ao decreto”, afirmou Ana Maria.

O estande do IDEC contou com uma variedade de alimentos que exemplificam a proposta de cesta básica saudável, incluindo produtos como leite, ovo, arroz, feijão, pão, manteiga, frutas, verduras e legumes”.

Ana Maria citou uma pesquisa que revelou que a maioria dos brasileiros sabe o que é alimentação saudável, mas enfrenta dificuldades para ter acesso a alimentos nutritivos e de qualidade.

“A alimentação saudável muitas vezes é cara e inacessível. Quando saímos de casa e chegamos ao trabalho, frequentemente não encontramos opções de alimentos saudáveis, apenas ultraprocessados”, observou Ana Maria.

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
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