O Banco Central inicia o bloqueio de chaves Pix identificadas em fraudes, após investigações que apontaram movimentações suspeitas de bilhões de reais em fintechs. O procedimento será realizado com base nas informações fornecidas pelas instituições financeiras que integram o sistema Pix, atingindo apenas as chaves indicadas por essas instituições.

O anúncio foi feito durante a última reunião do Fórum Pix, um comitê consultivo permanente que reúne cerca de 300 representantes do setor financeiro e da sociedade civil. O fórum auxilia o BC na definição de regras e procedimentos para o funcionamento seguro do Pix.
Nos últimos meses, o Banco Central vem adotando medidas para combater fraudes e golpes. Entre elas, está o limite de R$ 15 mil para transferências via Pix e TED em instituições de pagamento não autorizadas, uma iniciativa que evita movimentações suspeitas e reforça o controle sobre o sistema financeiro digital.
A medida veio após três operações contra a lavagem de dinheiro pelo crime organizado: Carbono Oculto, Quasar e Tank. Segundo a Polícia Federal (PF), as investigações alcançam mais de R$ 50 bilhões em movimentações financeiras suspeitas via fintechs (tipo de banco digital).
Também em setembro, o BC obrigou instituições de pagamentos a negar transações para contas suspeitas de fraudes. As medidas têm de ser implementadas até 13 de outubro. As instituições devem usar informações de sistemas eletrônicos e bases de dados públicos ou privados para fundamentar a suspeita. O dono da conta que receberia o dinheiro deve ser informado sobre a rejeição da transferência pela instituição em que tem a conta.
Desde quarta-feira (1º), o BC obrigou as instituições financeiras a oferecer, em seus aplicativos, o botão de contestação de transações do Pix. A medida tornou 100% digital o atendimento do Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado em 2021 para ressarcir vítimas de fraudes e de golpes no Pix.







