Investigada pela PF, Pauliana Ribeiro já ocupou o cargo que era de Helder na SEDUC e falava por Rejane antes de ir para a SEINFRA.
Quem acompanha o Política Dinâmica não se espantou com a noticia de que a Polícia Federal está cumprindo mandados de busca e apreensão em endereços de integrantes e ex-integrantes do governo de Wellington Dias (PT). Nem vai estranhar que uma dessas pessoas seja prima da primeira-dama do Estado, Rejane Dias.
Uma equipe da Polícia Federal bateu à porta de Pauliana Ribeiro Amorim, cumprindo mandados de busca e apreensão num desdobramento da Operação Topique. As primeiras informações dão conta de que a PF investiga a continuação do esquema que foi exposto em 2018. Pauliana e outros integrantes e ex-integrantes do governo estariam sendo investigados por lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos federais e formação de quadrilha dentre outros crimes.
Apesar de mandados de busca e apreensão terem como endereço de destino também Secretaria de Infraestrutura — onde quem manda é a deputada Jannaína Marques (PTB) —, a SEINFRA e a parlamentar petebista não são alvos desta investigação. A PF foi ao local exclusivamente em busca de objetos, equipamentos e documentos de Pauliana Ribeiro.
SAIU DA SEDUC PRA SEINFRA
Pauliana tem história com Rejane. Segundo fontes ouvidas pelo Política Dinâmica na Seduc, entre os anos de 2015 e 2017, falar com Pauliana era considerado por muitos o mesmo que falar com a própria Rejane Dias. Isso antes mesmo da esposa de Wellington Dias assumir a pasta.
O governo de Wellington Dias teve início com Helder Jacobina sendo secretário de Estado e Pauliana sendo a superintendente de Educação. Só saiu do cargo quando Rejane assumiu a SEDUC e Jacobina foi para seu lugar.
Em 2017, Pauliana foi exonerada da SEDUC e abrigada na SEINFRA.
Ela é da mesma cidade de Rejane: São João do Piauí. E por lá, o que se houve é que se Pauliana um dia foi pobre, isso é coisa do passado.
A SÓCIA MILIONÁRIA
Um dia após a Operação Topique ter sido deflagrada em 2018, o site Código do Poder divulgou que Pauliana Ribeiro Amorim era sócio de uma empresa com capital social de R$ 2 milhões. A atividade principal seria de hotelaria.
Ela chegou a informar por meio de nota ao jornalista Aquiles Nairó que não existia uma empresa de fato, apenas um número de CNPJ. Também informou à época que já havia solicitado à Receita Federal seu cancelamento. Coisa que até hoje não aconteceu. Consulta feita pelo Política Dinâmica na manhã desta quarta-feira mostra que a empresa ainda está ativa e o nome de Pauliane continua figurando no quadro societário.
O site que produziu a matéria já falou sobre a relação entre Rejane e Pauliana em 2017.
Com informações do Políticadinâmica