Ex-governador paulista se reuniu com sindicalistas em São Paulo. No encontro, quase não falou de problemas do estado e focou na conjuntura nacional.
O ex-governador Geraldo Alckmin se desfiliou nesta quarta (15) do PSDB. Ele entregou uma carta de desfiliação para o diretório municipal da legenda que ajudou a fundar e na qual permaneceu por 33 anos. Sua assinatura foi a sétima da ata de criação do PSDB.
A informação de que Alckmin deixaria o PSDB foi antecipada pela coluna em maio. Naquele mês, ele avisou a aliados que deixaria a legenda, hoje dominada pelo governador João Doria (PSDB-SP).
A gota d’água foi o anúncio de filiação do vice-governador Rodrigo Garcia à legenda, consolidando a candidatura dele ao governo de São Paulo e bloqueando o caminho de Alckmin. Garcia teve o patrocínio de Doria.
Alckmin está conversando com Lula e com o PT para ser candidato a vice-presidente na chapa do petista em 2022. As tratativas foram antecipadas também pela coluna, em novembro.
Divergências das duas legendas em relação à campanha para o governo de São Paulo, no entanto, dificultaram esse arranjo até o momento.
O ex-governador Márcio França, aliado de Alckmin e empenhado em transformá-lo em vice de Lula, já anunciou que pretende se candidatar à sucessão de Doria —e quer o apoio do PT para isso.
A aliança estadual faria parte do pacote em que o PSB indica Alckmin a vice.
O PT de São Paulo, no entanto, não concorda. E pretende manter o nome de Fernando Haddad no páreo para a corrida eleitoral paulista.
Por causa disso, Alckmin não deve anunciar agora a filiação ao PSB. Caso o acordo com os socialistas não dê certo, ele teria outras alternativas, como se filiar ao Solidariedade, que já formalizou o convite.
Com informações da Folha de São Paulo