Com o título “O tempo revelado através das memórias”, Amadeu Luiz Pereira, lança o seu primeiro livro, um presente dado por todos os seus familiares. O evento aconteceu na Câmara Municipal e foi bastante prestigiado.
Guadalupense histórico, Amadeu “O Negão” como é mais conhecido, lançou na noite deste sábado (11/08), no prédio da Câmara Municipal de Guadalupe, o seu primeiro livro.
A solenidade contou com várias homenagens, realizadas por irmãos, filhos, genros, noras e netos. Todos falaram da humildade, simplicidade e do exemplo de vida do cidadão Amadeu Negão.
Cercado por amigos, parentes e autoridades municipais, o autor agradeceu o carinho de todos, e de maneira alegre e bem humorado, características que tem ao longo dos seus 80 anos de vida, falou do que lhe levou a escrever o livro. “O livro foi uma brincadeira de criança que se tornou uma realidade, onde conto minhas poesias, rimas, versos, tristezas e alegrias” disse ele.
Amadeu diz em seu livro: “Sua atitude em relação à vida é simples: “As pessoas geralmente são contrárias e sem entusiasmo. Lembre-se disso: Nada pode atalhar quando você institui uma finalidade. Ninguém pode impedi-lo, a não ser você mesmo. Eu acredito nisso”, Afirma Negão! E Costuma dizer quando regressa ao passado que, na antiga Guadalupe; “banana tinha preço de banana e abacaxi era fruta mesmo! ”.
CONFIRA A HISTÓRIA DE SUA VIDA
Amadeu Luís Pereira nasceu em 10 de agosto de 1939, na antiga e conhecida Guadalupe Velha e lá permaneceu até 1958; onde foi servir no 25BC, (Vigésimo Quinto Batalhão de Caçadores), em Teresina. Após cumprir com suas obrigações no Exército retornou a Guadalupe em 1959. Amadeu Negão foi trabalhar na Farmácia Rocha por um ano, depois na Empresa Sousa Cruz, vendendo cigarros, em Floriano Piauí.
Chegando aos anos de 1960, iniciou trabalhando braçalmente e; concomitantemente nas horas de folga foi estudar o código MORSE com um colega que trabalhava na área e, rápido aprendeu. Então surgiu uma oportunidade para trabalhar no DNOCS de rádio telegrafista e chamado pelo S.r. Nilofan para exercer a referida função em Floriano Piauí, em 1962. Após dois anos trabalhando nessa empresa, a COHEBE lhe convidou provisoriamente para desenvolver seu trabalho nesta, entretanto em 1966 passou a trabalhar no quadro e permaneceu até 1973. Surge a CHESF e todo quadro da COHEB passa para a CHESF no qual permaneceu até 1º de maio de 1991, quando assim se aposentou. Saliento que Amadeu Negão quando assumiu a COHEB morou por dois anos em Floriano e em seguida retorna para cidade de Guadalupe, em 03 de outubro de 1968.
Amadeu não media esforços para desenvolver com eficácia sua função e ainda assim trabalhava nas horas vagas em casa, consertando rádios e TVS e quase sempre cobria algum colega de trabalho, na CHESF. Amadeu foi eleito vereador na cidade de Guadalupe no período de 1989 a 1992, sendo a 11º legislatura realizada na cidade, vereador constituinte onde ajudou a redigir a Lei Orgânica neste município, onde o mesmo foi relator. Sempre amou os livros: “viajo o mundo sem sair de casa!”.
Gosta de escrever e sempre sonhou em mostrar para seus familiares e amigos os seus escritos: ora nostálgicos, ora engraçados. Considerado pelos guadalupenses uma figura hilária, mas lá dentro do seu mais íntimo, não passa de uma pessoa feliz e algumas vezes frustrada por não realizar alguns sonhos; o de ser marinheiro, por exemplo. Este material exibido aqui foi alguns de tantos escritos encontrados e perdidos ao longo do tempo….
Filho de Antônio Luiz Pereira, pedreiro, nascido em Umari, e Nicácia Mousinho Pereira, nascida no Cariri do Rio Peixe, ambos no Ceará, tendo como avós paternos: Antônio Luis Pereira e Catarina Gestrudes Pereira, e maternos, Antônio Gonçalves Mousinho, um dos desbravadores guadalupenses, o mais velho dos irmãos e pouco lembrado pelos cidadãos deste lugar! Acredita – se que pelo fato de ter sido professor, profissão ainda hoje pouco reconhecida e, Bárbara Mousinho.
O cenário brasileiro nessa época era marcado pela mudança da face da sociedade brasileira, onde a imigração intensificou-se após a abolição do tráfico negreiro, em 1850 a maior parte dos trabalhadores europeus que desembarcaram no Brasil se dirigiram para zona cafeeira no interior de São Paulo. Muitos imigrantes alemães estabeleceram-se em colônias agrícolas no sul do país e alguns europeus oriundos de Portugal concentraram-se no Ceará. Um deles pai de Antônio Luís Pereira (Antônio Cajueiro), genro de Antônio Gonçalves Mousinho, um de nossos bandeirantes. Amadeu Negão tem três Irmãos: José Jocilé Pereira, Luiz Enivaldo Pereira e Iracema Mousinho Pereira de Sá. Casado há 55 anos com a professora, Maria de Lourdes Carvalho Pereira, natural de Jerumenha e deste matrimônio trouxe ao mundo seus filhos: Anicácia Carvalho Pereira Osório, Randal Carvalho Pereira e Amadeu Luiz Pereira Júnior.
Amadeu Negão hoje com 80 anos de idade continua morando em Guadalupe com sua estimada esposa Maria de Lourdes e recebe diariamente a visita dos seus filhos, genro, noras e netos.