Números da última semana superam média dos últimos quatro meses. Anvisa aprova mais um tratamento para combater a doença
Em uma semana, o Brasil registrou 1.116 mortes pela Covid-19. Segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), esse número, que corresponde à 50ª semana epidemiológica (SE) e contabiliza os óbitos entre os dias 11 e 17 de dezembro, é o maior registrado em quatro meses. A média móvel de mortes está em 162 por dia em duas semanas, com alta de 79% em relação há 14 dias.
O número de casos também aumentou de forma preocupante. Na última semana, o país registrou 321.349 diagnósticos positivos, com um aumento de 80% em relação às duas últimas. Desde o início da pandemia em março de 2020, o Brasil acumula 35.901.978 casos confirmados e 691.883 óbitos por Covid-19.
A vacinação, melhor alternativa para o combate da Covid-19, também continua sendo um problema. De acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados na última sexta-feira, 16, 80,24% das pessoas completaram o esquema vacinal com duas doses ou dose única, mas somente 49,78% recebeu a dose de reforço. Entre as crianças de 3 a 11 anos, apenas 37,41% foram vacinadas.
Novos medicamentos aprovados
O lado bom são os novos medicamentos aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil. Além do Decadron Injetável (Fosfato dissódico de dexametasona), fabricado pela empresa Aché, indicado para pacientes com quadros graves da doença, a agência aprovou na sexta-feira 16, uma terapia que combina dois anticorpos monoclonais cilgavimabe e tixagevimabe, da AstraZeneca, indicado para pacientes a partir de 12 anos de idade, com sintomas leves e que não necessitam de oxigênio suplementar, mas tenham risco aumentado de evolução da doença para quadros críticos. Segundo a farmacêutica, o tratamento reduz em até 90% as hospitalizações e óbitos em pacientes com Covid-19.
“De uso ambulatorial, com aplicação intramuscular em dose única, o tratamento reduz entre 80% e 90% os casos de hospitalização e óbito para as variantes suscetíveis ao medicamento”, diz Marina Belhaus, diretora Médica da AstraZeneca Brasil, sobre a terapia já autorizada em países como os Estados Unidos, França, Israel, Itália, Egito e Emirados Árabes Unidos.
Por Simone Blanes/Veja.com