Segundo a Semar, os passeios turísticos nos caniôns continuam suspensos por tempo indeterminado.
Após o desastre que resultou na morte de 10 pessoas em Capitólio, no estado de Minas Gerais, os Cânions do Poti, localizados em Buriti dos Montes, são incluídos em um mapeamento desenvolvido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM). O projeto-piloto, começa a ser desenvolvido entre os dias 14 e 25 de fevereiro, tem como objetivo identificar áreas de risco e prevenir futuros acidentes.
De acordo com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí (Semar), os passeios turísticos aos caniôns do Poti continuarão suspensos até o fim da pesquisa. A região está fechada para atividades turísticas desde o dia 11 de janeiro, por determinação do órgão.
Além do ponto turístico piauiense, o SGB também irá mapear os caniôns do Xingó, localizados entre os estados de Sergipe e Alagoas. Nos próximos meses, serão vistoriadas ainda as regiões da Serra da Canastra (MG) e as áreas de cachoeiras do município de Presidente Figueiredo (AM).
A setorização de áreas de risco geológico identifica e caracteriza porções urbanizadas dos municípios sujeitas a sofrer perdas ou danos causados por enchentes, inundações, deslizamentos, erosões, dentre outros eventos adversos de natureza geológica.
De acordo com a chefe da Divisão responsável pelos projetos de Geodiversidade, Levantamento Geoquímico e Patrimônio Geológico, Maria Adelaide Mansini Maia, estão sendo iniciados estudos que vão abordar risco geológico em áreas geoturísticas, que não eram atendidas pela setorização de risco por não possuírem moradores nos locais.