Teresina, Parnaíba, Uruçuí, Picos e Floriano concentraram quase 55% de todas as riquezas produzidas no Estado em 2019.
É o que o mostra os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios piauienses divulgados nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí (Cepro).
As cinco cidades puxam, respectivamente, o ranking das dez que registram os maiores PIBs no Piauí no ano passado. A lista, completada por Baixa Grande do Ribeiro, Bom Jesus, Piripiri, Campo Maior e Guadalupe, é a mesma divulgada em 2018. O cenário se repete também em relação aos municípios que apresentaram as menores produções.
Apesar disso, os dados da série histórica apontam para uma tendência de desconcentração da produção econômica, sobretudo de Teresina, de 45% do PIB estadual em 2015 para uma participação de 41,7% em 2019. “Mesmo assim temos ainda 4,5% dos municípios do Estado representam quase 70% do Produto Interno Bruto do Estado”, avaliou Rejane Tavares, secretária estadual de Planejamento (Seplan).
Ao todo, o PIB do Piauí em 2019 totalizou R$ 52,7 bilhões, uma queda real em termos de volume de 0,6% se comparado com o ano anterior. Segundo Tavares, esta oscilação decorre principalmente de problemas ligados à produção nos setores da agropecuária. “O estado apresentou uma pequena retração por conta justamente da frustração da safra da soja devido aos fatores climáticos”, argumentou.
Maiores crescimentos
De acordo com o estudo, Lagoa do Barro do Piauí obteve o crescimento mais expressivo do PIB no Piauí, acima dos 152%. Além deste município, se destacaram também as cidades de João Costa, São João do Piauí, São Gonçalo do Gurguéia e Júlio Borges. “Hoje temos uma diferença em relação aos PIBs anteriores, que é o surgimento das energias renováveis, das energias eólica e solar como grandes atividades de geração de riqueza para o estado”, afirmou a secretária.
Principais setores
Considerando o Valor Adicionado Bruto (VAB), que considera o total do PIB com a dedução do valor dos insumos utilizados por cada um dos setores em seus processos produtivos em determinado período de tempo, o Piauí acumulou um total de R$ 47,1 bilhões, a maior parte disso, pouco mais de R$ 37,6 bilhões, no setor de serviços. Indústria e agropecuária completam o quadro com R$ 5,8 bilhões e R$ 3,8 bilhões, respectivamente.
Os menores PIBs
Neste aspecto, Santo Antônio dos Milagres se mantém como no menor PIB piauiense, seguido por Miguel Leão, São Luís do Piauí, Floresta do Piauí, Aroeiras do Itaim, São Miguel da Baixa Grande, Olho D’Água do Piauí, Lagoinha do Piauí e Porto Alegre do Piauí, também os mesmos de dois anos atrás, com exceção de Pedro Laurentino, que completa a lista dos dez piores índices.