Neste mês, mais de 58% dos beneficiados são do sexo feminino. São ainda mais de 377,64 mil gestantes que receberam o Benefício Variável Familiar, com R$ 17,9 milhões em investimentos diretos na saúde e no desenvolvimento infantil
Em março, mês dedicado à celebração do Dia Internacional da Mulher, o Programa Bolsa Família reforça seu papel fundamental no combate à pobreza e pela autonomia feminina no Brasil. Dos 20,89 milhões de famílias beneficiadas, 17,4 milhões (83,4%) são chefiadas por mulheres. As transferências terminam na sexta-feira (28.03).
O impacto do programa se estende ainda mais, com 31.933.700 milhões de mulheres (58,1%) entre os beneficiários totais, o que representa um importante apoio para a segurança alimentar e o bem-estar das famílias brasileiras.
Entre elas, está Daniela Ferreira Martins, 37 anos, que carrega na história de vida uma semelhança à de milhares de mulheres. Moradora de Patos, na Paraíba, Daniela cuida sozinha dos três filhos. Desempregada, ela depende do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) para sustentar a casa e ainda complementa a renda fazendo tranças de cabelo.
Daniela Ferreira é um exemplo de mulher que encontrou no Estado brasileiro um parceiro que lhe estendeu a mão no momento mais difícil para fazer com que encontrasse ferramentas para garantir dignidade para sua família. “Sempre fui mãe e pai. Eu sempre fui o alicerce deles três. Nesse período, o Bolsa Família sempre me ajudou muito”, conta.
O programa reconhece que a alta carga de trabalho não remunerado – muitas vezes, invisível – é um obstáculo significativo para a educação e inserção das mulheres no mercado de trabalho, perpetuando a pobreza e a desigualdade. Essa realidade é ainda mais desafiadora para mulheres negras, indígenas, em situação de rua, e residentes em áreas periféricas..
Ainda neste mês, 377.643 gestantes receberam o Benefício Variável Familiar Gestante (BVG), com R$ 17,9 milhões em investimentos diretos na saúde e no desenvolvimento infantil.
Nos últimos anos, o Bolsa Família se configura como um pilar fundamental na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, destaca o foco especial nas mulheres mais vulneráveis. “Temos um foco especial nas mulheres negras, indígenas, em situação de rua, ou seja, em quem mais precisa”, explicou.
Wellington Dias reforça a importância das mulheres como protagonistas do programa e da iniciativa como ferramenta de inclusão socioeconômica. “As mulheres são as protagonistas do Programa Bolsa Família, representando mais de 83% das responsáveis familiares. A iniciativa, além de transferir renda, tem o objetivo de promover a inclusão socioeconômica”, destacou.
A filha mais velha de Daniela, Ana Luiza, de 16 anos, é autista, faz tratamento na unidade do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) e recebe o BPC. A filha do meio se chama Maria Caroline, e tem nove anos, enquanto o caçula, Alexandre Daniel, tem oito anos, e recebem o Benefício Variável Familiar de R$ 50 do Bolsa Família, além dos R$ 142 per capita.
“Hoje, eu tenho muita gratidão. Tive o meu sonho realizado, ao receber a minha casa própria, para proporcionar um conforto para os meus filhos”, disse. Por fazer parte do Bolsa Família, Daniela recebeu no início deste ano as chaves do apartamento do Programa Minha Casa, Minha Vida, com o imóvel já quitado, mas tendo que cumprir as obrigações contratuais.