Personagem entrevistada pelo Jornal da Band ressalta que a doação de um dos rins que fez para salvar a vida do filho foi um ato de amor
O Brasil bateu um recorde em doações de órgãos no primeiro semestre, o que ressalta a importância do gesto para salvar a vida de inúmeras pessoas. É o caso da artista plástica Elizabeth Swinka, que não pensou duas vezes quando decidiu doar um rim para o filho Rodrigo Swinka.
Há 25 anos, o filho dela foi diagnosticado com insuficiência renal. A única saída era um transplante. Na época, ele tinha 21 anos, um jovem que ainda teria muita coisa para viver. A atitude da mãe levou a família toda a se engajar na causa.
Sempre me manifestei [pela doação]. Os meus filhos também. Eles sempre falaram que, se um dia acontecesse alguma coisa, eles doariam os órgãos. É um ato de amor, sempre (Elizabeth Swinka)
Para doar órgãos, é preciso manifestar esse desejo em vida e comunicar os familiares, já que são os parentes os responsáveis pela decisão, independentemente de ter ou não algo documentado.
Uma única pessoa pode salvar a vida de pelo menos outras sete, caso decida ser doadora. Em todo o país, foram mais de 12 mil transplantes de órgãos e tecidos somente no primeiro semestre, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).
Por outro lado, quase metade das famílias entrevistadas em hospitais não permitiram a doação de familiares que faleceram. Em muitos casos, a negativa acontece por questões religiosas e, principalmente, pelo desconhecimento de como é feita a retirada dos órgãos assim que a morte cerebral é confirmada.
Um médico especialista em transplante renal ouvido pelo Jornal da Band informa que as equipes médicas também precisam melhorar o relacionamento com os familiares de pacientes para aumentar as doações.
JORNAL DA BAND