Criminosos fizeram cinco vítimas no Piauí com site falso de leilão de veículos

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A investigação aponta que os criminosos usavam falsas centrais bancárias para enganar as vítimas.

Um grupo criminoso que usava sites falsos de leilão de veículos para aplicar golpes fez pelo menos cinco vítimas no Piauí. A Polícia Civil do Estado, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), deflagrou uma operação nesta quarta-feira (9) e quinta-feira (10) para desarticular a quadrilha. A ação contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo.

Durante a operação, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, além de sete mandados de prisão em São Paulo. As ordens judiciais foram expedidas pela Central de Inquéritos de Teresina. A investigação aponta que os criminosos usavam falsas centrais bancárias para enganar as vítimas.

As denúncias começaram a surgir quando os compradores, após efetuarem o pagamento, perceberam que haviam caído em um golpe. Segundo o delegado Humberto Mácola, titular da DRCI, os sites utilizados pelos golpistas eram praticamente idênticos aos verdadeiros, com informações detalhadas sobre os veículos como motos, carros e caminhões, e preços compatíveis com o valor de mercado, justamente para não levantar suspeitas.

As vítimas relataram que o site era muito parecido com o verdadeiro. Tinha todas as informações dos veículos, com valores reais, o que dava credibilidade ao golpe, explicou o delegado.

Operação da PC em SP (Foto: PC-PI/PC-SP)

Ainda de acordo com Mácola, o processo de compra era direcionado a um escritório mantido pelos criminosos no estado de São Paulo. Foi lá que as equipes da Polícia Civil do Piauí cumpriram os mandados, com o apoio dos policiais paulistas.

“Qualquer clique que você desse no site, remetia a uma conversa de WhatsApp na ‘central do crime’, que operava em Guarujá, em São Paulo. O site era perfeito. Você percorria o site com imagens e vídeos para colocar a vítima em um cenário ilusório para acreditar que realmente estava comprando e adquirindo um veículo”.

Os golpistas também forneciam documentos falsos que simulavam a efetivação da compra. Tudo era forjado. Inclusive, no momento da prisão, um dos alvos estava com o site aberto, em plena operação, conversando com vítimas em tempo real, completou Mácola.

Gleison Fernandes
Gleison Fernandeshttps://portalcidadeluz.com.br
Editor Chefe do Portal Cidade Luz

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