Enquanto o governo celebra, moradores da Serra da Capivara enfrentam seca e promessas não cumpridas, clamando por dignidade e acesso ao básico
Enquanto o governo de Rafael Fonteles celebra o Dia do Piauí com eventos e homenagens, a população de São Raimundo Nonato enfrenta a dura realidade da falta de água. Neste domingo (19), data oficial dedicada ao estado, o Poder Público organiza festividades, distribui símbolos e enaltece a cultura piauiense. Porém, para quem vive nos povoados e comunidades rurais da região, não há motivos para comemorar diante da escassez constante de um recurso tão essencial.

Enquanto propagandas oficiais exaltam o Parque Nacional Serra da Capivara como cartão-postal do estado, muitos moradores daquela área convivem diariamente com a seca das torneiras, a insuficiência dos caminhões-pipa e promessas políticas que se repetem a cada ciclo eleitoral. O orgulho divulgado nas solenidades contrasta com a dura realidade de abandono e falta de investimentos concretos no abastecimento de água.
Enquanto o governo anuncia avanços e progresso em discursos, a população segue sofrendo a sede. Os recursos que deveriam ser aplicados para garantir água potável acabam se perdendo em planos, anúncios e imagens para campanhas políticas.
Nas redes sociais, políticos já começam a prometer soluções milagrosas para as eleições de 2026, mas a população, experiente na repetição dessas promessas, sabe que a realidade dificilmente mudará. Ao mesmo tempo, o governo federal discute empréstimos bilionários para salvar os Correios, o que levanta a dúvida: se o país não tem recursos nem para manter uma estatal em funcionamento, como esperar investimentos significativos para resolver o problema hídrico em São Raimundo Nonato?
Neste Dia do Piauí, o povo da Serra da Capivara não quer festas, discursos vazios ou símbolos. Quer, acima de tudo, o direito básico e fundamental de ter água nas torneiras e ser tratado com dignidade.
Por Leônidas Amorim – Colunista do PCL, Com informações de Weslley Moreira/SRN







