Pressione Enter e depois Control mais Ponto para Audio

Dólar tem maior queda diária em 16 meses e cai para R$ 5,37

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Moeda norte-americana desvaloriza 2,28%, maior queda percentual desde março de 2021; principal índice da B3 encerra no maior patamar desde 8 de julho e com ganhos de 1,36%

O dólar encerrou em queda de 2,28%, a R$ 5,372, nesta segunda-feira (25), prejudicado por uma fraqueza no exterior enquanto os investidores aguardam a reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve. Essa foi a maior desvalorização diária desde 10 de março de 2021 (-2,39%).

Dólar cai e fecha a R$ 5,37

Os investidores apostam em um ciclo de alta de juros mais curto e menos agressivo após os primeiros sinais de uma contração da economia norte-americana aparecerem mais cedo que o esperado, no Índice de Gerentes de Compras (PMI) de julho. Com expectativa de juros menores, o dólar fica menos atraente para o mercado.

Com isso, as projeções se concentraram em uma nova elevação de 0,75 ponto percentual pelo Fed nesta semana, com uma expectativa sobre como virá a comunicação da autarquia sobre a decisão e seus próximos passos.

Já o Ibovespa terminou em alta de 1,36%, aos 100.269,85 pontos, puxado pelo desempenho positivo das ações de varejistas, como a Magalu, e dos papéis ligados a commodities, em especial minério de ferro e petróleo, cujos preços operaram em alta nesta sessão. Há, ainda, a expectativa de balanços positivos no Brasil e nos Estados Unidos, o que favorece os investimentos em ações.

Esse foi o maior patamar do índice desde 8 de julho, quando fechou aos 100.289 pontos.

Neste pregão ainda, o Banco Central realizou um leilão de até 15 mil contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1° de setembro de 2022. A operação do BC ajuda a dar liquidez na moeda, mas especialistas consultados pelo CNN Brasil Business apontam que o órgão poderia atuar mais para conter a volatilidade do câmbio.

Na sexta-feira, o dólar teve alta de 0,02%, cotado a R$ 5,497, encerrando a semana com avanço de 1,74%. Já o Ibovespa caiu 0,11%, aos 98.924,82 pontos, acumulando valorização de 2,46%.

Sentimento global

Os investidores ainda mantêm uma forte aversão global a riscos desencadeada por temores sobre uma possível desaceleração econômica generalizada devido a uma série de altas de juros pelo mundo para conter níveis recordes de inflação, o que prejudicaria diversos tipos de investimentos.

A principal causa para essa aversão é o ciclo de alta de juros nos Estados Unidos, com a elevação mais recente anunciada pelo Federal Reserve em 4 de maio. A alta foi de 0,75 ponto percentual, maior desde 1994, e novas elevações na mesma magnitude não foram descartas.

Os juros maiores nos Estados Unidos atraem investimentos para a renda fixa do país devido a sua alta segurança e favorecem o dólar, mas prejudicam os mercados de títulos e as bolsas ao redor do mundo, inclusive as norte-americanas.

Entretanto, o combate do país à maior inflação em 41 anos gera crescentes temores de uma recessão na maior economia do mundo devido à necessidade de um aperto monetário agressivo. O risco leva a uma aversão a riscos, favorecendo o dólar e prejudicando ativos considerados arriscados, caso do mercado brasileiro.

Por outro lado, novas restrições em cidades da China foram anunciadas no início de julho, revertendo um cenário de otimismo sobre uma retomada da economia do país após meses de lockdown em Xangai e Pequim. O quadro reforça temores de uma desaceleração econômica chinesa e consequente queda na demanda por commodities.

No cenário doméstico, a PEC dos Benefícios, que cria ou expande benefícios sociais com custo estimado em R$ 41 bilhões, foi mal recebida pelo mercado, já que reforça o risco fiscal ao trazer novos gastos acima do teto.

Com a combinação de ambientes interno e externo adversos, a retirada de investimentos prejudica o Ibovespa e favorece o dólar em relação ao real.

Sobe e desce da B3

Veja os principais destaques do pregão desta segunda-feira:

Maiores altas

Petrobras (PETR4) +4,67%;
Petrobras (PETR3) +4,32%;
PetroRio (PRIO3) +4,15%;
Energisa (ENGI11) +3,35%;
Weg (WEGE3) +3%
Maiores baixas

Pão de Açúcar (PCAR3) -7,04%;
IRB Brasil (IRBR3) -5,50%;
Petz (PETZ3) -5,07%;
Positivo (POSI3) -4,37%;
Qualicorp (QUAL3) -4,12%

Com informações da Reuters

Gleison Fernandes
Gleison Fernandeshttps://portalcidadeluz.com.br
Editor Chefe do Portal Cidade Luz

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

Prefeito Jesse James comemora manutenção do Selo A no ICMS Ecológico em Guadalupe

Por Gleison Fernandes - Jornalismo da UCA. O município de Guadalupe conquistou, pela quinta vez consecutiva, o Selo A no...

Gestão de Júnior Nato garante novamente Selo A para Jerumenha no ICMS Ecológico

Por Gleison Fernandes - Jornalismo da UCA. O município atendeu novamente a todos os critérios relacionados à sustentabilidade e à...

Júlio César lidera pressão no STF por divisão justa dos royalties do petróleo

Deputado articula apoio de 24 estados para destravar julgamento que pode render R$ 10,4 bi ao Piauí. O deputado federal...

Mais de 60 mil vítimas de fraude no INSS já foram atendidas nos Correios

Atendimento começou nas mais de 5 mil agências da estatal. Os Correios atenderam mais de 60 mil pessoas em todo...
spot_img

Guadalupe, Jerumenha e Marcos Parente estão entre os 42 municípios que passam a ter serviços operados pela Águas do Piauí a partir de hoje

Por Gleison Fernandes. A Agência de Regulação dos Serviços Públicos do Estado do Piauí (Agrespi) acompanha o início da operação...

Vinicius Dias, filho de Wellington, é visto pelo PT raiz como nome para vice de Rafael Fonteles

MDB mostra que quer manter Themístocles no espaço e Rafael já tem outros planos para o cargo. Ao longo de...
spot_img

Posts Recomendados