Com apoio de um projeto educacional, estudantes do curso técnico em agropecuária transformam enxames urbanos em oportunidade de negócio e fortalecem a produção de mel e derivados.
O que começou como uma preocupação acabou se transformando em oportunidade. A florista Gabrielle Amarante, que recentemente se mudou com a família para um terreno às margens da BR-343, em Floriano (PI), viu dois enxames se instalarem entre suas plantas.

O espaço, criado para o negócio de jardinagem, atraiu clientes e… abelhas. “Como a gente tem grandes variedades de plantas, tanto ornamentais como frutíferas, é bem comum aparecer maribondos, borboletas. Mas a abelha é um pouco novo para a gente”, contou Gabrielle.
Com medo dos insetos, mas preocupada em preservar os enxames, a família buscou ajuda de Jaynne Márcia, estudante de biologia e apicultora. Com experiência na captura de enxames, ela assumiu a missão de retirar os ninhos com segurança, protegendo tanto os moradores quanto as abelhas.
“A gente falou com eles, conversou para terem paciência, que a gente ia tirar com segurança. Na apicultura, eu quero empreender tanto com a comercialização de mel quanto de outros derivados. Hoje, junto com minha tia, temos uma mini fábrica na cozinha de casa onde fazemos sabonetes com o mel das abelhas”, explicou Jaynne.

A tarefa exige técnica. Depois de mais de 10 dias, as abelhas seguem protegendo a abelha-rainha em locais de difícil acesso. Assim que forem capturadas, serão levadas para um apiário na zona rural.
APICULTURA E RENDA
A paixão de Jaynne pela apicultura começou ainda no curso técnico em agropecuária do Colégio Técnico de Floriano. Foi lá que ela ganhou as primeiras caixas para criação de abelhas e iniciou sua jornada no ramo.
O projeto Jovem Empreendedor Rural é desenvolvido pela própria instituição de ensino. A iniciativa já beneficiou dezenas de estudantes do curso técnico de agropecuária, fornecendo kits com coméias, macacões e fumegadores para investir na criação de abelhas.
“O projeto nasceu da intenção dos docentes em ajudar alunos que queriam criar abelhas, mas não tinham condições financeiras. Depois de receber o kit, eles continuam sendo orientados. Muitos compram novas coméias, outros conseguiram ampliar a produção com apoio de financiamento bancário, e hoje geram renda com a criação da Apis mellifera”, contou o professor Laurielson Alencar.
Fonte: Clube News