Apesar de indicar os meses que têm no nome a terminologia em BRO, esse período mais seco tem início no mês de agosto.
O mês de julho está terminando e com ele encerra a temperatura mais amena. Para dar início ao que chamamos popularmente de B-R-O-Bró, que é o período mais seco do estado do Piauí. Apesar de indicar os meses que têm no nome a terminologia em BRO, esse período mais seco tem início no mês de agosto.
A transição entre o período chuvoso e o período seco é chamada de fase pós-estacional, que acontece entre os meses de junho e julho, onde há uma permanência de padrão da umidade e das condições ventosas, além de temperaturas mais agradáveis durante a madrugada.
De acordo com o climatologista Werton Costa, diretor de Prevenção e Mitigação da Secretaria de Estadual de Defesa Civil (Sedec), o mês de agosto já pode ser considerado um BRO-Bró devido às condições de temperatura e baixa umidade no período.
“As condições que caracterizam o chamado período seco ou no popular período de estiagem é o fato de que há praticamente um céu límpido, azul e sem concentração de nuvens, consequentemente, nós temos indicador de irradiação muito maior. Muita luminosidade e isolações. As temperaturas tendem a crescer”, explicou.
Werton Costa alerta que no período seco a tendência é ter padrões de temperaturas mais elevadas e o cuidado com a saúde deve ser reforçado.
“Esse período é bastante adverso e agressivo à saúde humana, tanto pela irradiação ultravioleta, que é cancerígena, como pela temperatura elevada, mas também pela umidade relativa do ar bastante baixa. Devemos tomar cuidado necessário às atividades físicas, que devem ser evitadas entre 10h às 16h e a água é super essencial. Além de frisar sobre os cuidados adicionais com as queimadas, que devem ser evitadas, até porque é um crime passivo de punição”, orientou.
Umidade pode chegar a 30%
O climatologista Werton Costa comenta que o Piauí já ultrapassou o padrão de temperatura mínima recomendada pelos organismos internacionais, que apontam como ideal em torno de 50% a 60% e destaca que o ano de 2024 será o mais quente da história.
“Os padrões de temperatura podem chegar a 30% e em casos extremos, até mesmo 10%, que é o que a gente caracteriza como umidade típica de deserto. O que tem de diferente neste ano de 2024 é que ele vem sendo tipificado no mundo inteiro como o ano mais quente da história. Essa condição de período seco já está sendo antecipado, que já está plenamente visível no mês de julho”, finalizou.