A Fifa anunciou nesta segunda-feira (14) a conclusão da investigação sobre o duelo entre Brasil e Argentina, disputado em setembro do ano passado, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo, que foi interrompido pela invasão de agentes da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no gramado da Neo Química Arena.
Segundo comunicado do Comitê Disciplinar da entidade, a partida deverá ser jogada novamente em horário e local a serem decididos pela Fifa. Haverá também punição às duas confederações que chefiam cada seleção e gancho para os jogadores argentinos que infringiram as normas sanitárias brasileiras.
De acordo com a Fifa, a interrupção da partida “foi causada por uma série de falhas nas respectivas responsabilidades e/ou obrigações das partes envolvidas relacionadas ao jogo em questão”.
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol), responsável por sediar o duelo das Eliminatórias, terá de pagar uma multa de 500 mil francos suíços (R$ 2,8 milhões) “por infrações relacionadas à ordem e segurança”.
Já a AFA (Associação do Futebol Argentino), “pelo não cumprimento de suas obrigações em termos de ordem e segurança, de preparação e de participação na partida”, foi multada em 200 mil francos suíços (R$ 1,1 milhão).
As duas confederações ainda foram multadas em 50 mil francos suíços cada (R$ 281 mil) pela suspensão do clássico.
Além das punições financeiras, a Fifa comunicou o gancho de dois jogos para os quatro jogadores argentinos que infringiram as normas sanitárias brasileiras vigentes à época.
Emiliano Martínez, Emiliano Buendía, Giovani Lo Celso e Cristian Romero atuavam em clubes da Premier League, a liga inglesa. De acordo com as diretrizes da Anvisa para viajantes de determinados destinos, entre eles o Reino Unido, de onde vieram os quatro, eles só poderiam ter entrado no país após 14 dias fora dos locais de restrição.
Reportagem do jornal Folha de S.Paulo revelou que o Ministério da Saúde negou um pedido de autorização excepcional para que os quatro atletas fossem liberados da necessidade de quarentena. O requerimento foi rejeitado 51 minutos antes de o jogo entre Argentina e Brasil começar na Neo Química Arena, em São Paulo.
Com informações do Folhapress