A doença atinge, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 65 milhões de pessoas em todo o mundo.
A campanha “Maio Verde” alerta para uma das principais causas de cegueira irreversível em todo o mundo, o glaucoma. A doença atinge, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 65 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que 10% delas possuem algum nível de perda da visão associada à enfermidade.
Segundo o oftalmologista especialista em Glaucoma, Fernando Costa, a doença crônica é provocada pela elevação da pressão ocular e evolui silenciosamente se não tiver o devido acompanhamento. “O Glaucoma é na verdade um complexo de doenças que têm como fator comum o dano ao nervo óptico e a camada de fibras nervosas da retina, tendo a pressão intraocular elevada como o principal fator de risco. É perigoso, pois evolui de forma silenciosa, sem sintomas em fases iniciais, e uma vez estabelecido o dano ou perda visual, essa ocorre de forma não reversível”, afirma o médico.
Existem vários subtipos de glaucoma. Os mais comuns são os glaucomas primários, de ângulo aberto e ângulo fechado, que respondem por mais de 90% dos casos e tem como etimologia a associação com a genética. As pessoas que têm casos na família apresentam mais chance de ter a doença, em média 10 vezes mais que a população geral, mas podem também evoluir sem o diagnóstico.
Além dele, também existem os glaucomas secundários, originados através de doenças circulatórias da retina, por traumas ou por inflamações, ou após alguma cirurgia nos olhos. Também existem os casos que podem ser adquiridos já no nascimento, chamado de glaucoma congênito. Em todos eles, o atendimento precoce ajuda a detectar e atuar no controle da doença.
“O paciente diagnosticado precocemente, sendo bem tratado e acompanhado de forma correta, tem uma chance bem pequena de evoluir para algum grau de deficiência visual associado ao glaucoma. Segundo o Ministério da Saúde, o glaucoma atinge aproximadamente 1 milhão de brasileiros, podendo atingir um número ainda maior por ser uma doença subdiagnosticada”, alertou Fernando.
Prevenção
Segundo informações da Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, a melhor maneira de prevenir o glaucoma é consultar um médico oftalmologista pelo menos uma vez por ano. Sendo uma doença crônica e sem cura, ele pode ser controlado com o uso de medicamentos apropriados que normalizam a pressão intra-ocular e impedem que a doença avance provocando a perda da visão.