Em 2022, insegurança alimentar grave atingiu 33,1 milhões de pessoas em insegurança alimentar grave. No último ano, índice ficou em 3,2% e chegou ao menor patamar da história, empatado com 2013
Se em 2022 a fome chegou ao seu ápice no país, com 33,1 milhões de pessoas em insegurança alimentar grave, dois anos depois, o índice voltou ao menor patamar registrado na história. Em 2023 e 2024, o Governo do Brasil retirou 26,5 milhões de pessoas da situação de fome. Naquele ano, a sociedade civil aplicou a Ebia por meio da Rede Penssan
Os dados divulgados nesta sexta-feira (10.10) pelo IBGE, por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), aplicada na Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios Contínua (PNADc) do 4º trimestre de 2024, mostram que a proporção de domicílios em insegurança alimentar grave caiu para 3,2%. Com diminuição em todas as regiões do país e nas áreas urbana e rural.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e a Fome do MDS, Valéria Burity, que participou da coletiva de imprensa de apresentação dos dados do IBGE, reforçou que a pesquisa mostra a tendência já observada em outros levantamentos, como o da Agência da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO).
“A gente tem desde pesquisas internacionais, como as que a FAO utiliza, e as nossas pesquisas oficiais, mostrando essa mesma trajetória, essa mesma tendência de redução muito expressiva e acelerada da fome. Hoje o IBGE divulgou a Ebia e a gente teve o menor índice em relação à insegurança alimentar grave, que é a fome, mesmo índice de 2013, que é de 3,2%”, ressaltou Burity.
A Ebia mostra ainda que o percentual de segurança alimentar subiu de 72,4% em 2023, para 75,8% em 2024. São 8,8 milhões de pessoas, em um ano, incluídas nesse patamar. “A gente também subiu a segurança alimentar. Foi a melhor desde 2013”, comparou a secretária do MDS.
A experiência de retirada do Brasil do Mapa da Fome em 2014 e a mínima histórica de 2013, aliada à vontade política e ações estruturadas, são fatores que a secretária Valéria Burity atribuiu à diminuição da fome em tempo recorde.
“Em 2013, a gente teve o Programa Fome Zero e conseguiu reduzir a situação de insegurança alimentar no país, depois a gente teve o Brasil Sem Miséria, e quando a gente assume em 2023, a gente já tinha esse conhecimento, que vários países também reconhecem essa experiência brasileira. Vários países olham para o Brasil e para os seus programas e veem nessa trajetória uma ferramenta muito importante para conseguir combater a fome”, disse.
“Isso se deve a um conjunto de políticas públicas, uma política econômica que gera crescimento, gera inclusão e políticas sociais, que estão aí consolidadas no Plano Brasil Sem Fome que estão se mostrando muito efetivas pra gente avançar para erradicar a fome no país”, prosseguiu a secretária.
O Plano Brasil Sem Fome, lançado em 2023, inclui 80 ações e mais de 100 metas é o guarda-chuva atual para atingir os objetivos de combate à fome. A estratégia inclui o aumento da renda disponível para comprar alimentos; a inclusão em políticas de proteção social; a ampliação da produção e do acesso à alimentos saudáveis e sustentáveis; e a informação e mobilização da sociedade, de outros poderes e de outros entes federativos para erradicação da fome.







