A presença do peixe-leão representa um risco para as espécies nativas. Além disso, os animais podem causar ferimentos aos humanos.
A invasão do Peixe-Leão, espécie venenosa, no litoral do Piauí foi tema de artigo publicado na revista científica Peer Review (PRW).
O artigo feito por pesquisadores do Laboratório de Ictiologia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar) em parceria com o Laboratório de Bioecologia Pesqueira alerta para a presença da espécie venenosa próximo às bombas de captação de água de fazendas de camarão.
A situação tem gerado preocupação com relação à capacidade de adaptação da espécie, tanto do ponto de vista dos ecossistemas e biodiversidade, como, por exemplo, de impactos nas demais atividades produtivas nos ambientes costeiros.
O trabalho conduzido pela professora do curso de Engenharia de Pesca, Edna Cunha, doutora em Zoologia aponta que desde janeiro de 2022, o peixe-leão tem aparecido em praias brasileiras.
Os primeiros casos foram detectados por pesquisadores do arquipélago de Fernando de Noronha-PE, em março de 2022 dois animais foram capturados na Praia de Barra Grande, em Cajueiro da Praia-PI.
A presença do peixe-leão representa um risco para as espécies nativas. Além disso, os animais podem causar ferimentos aos humanos, onde o perigo está na toxina presente nos espinhos das nadadeiras que ao perfurar causa dores, febre e até convulsões.
A UFDPar e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) monitoram a presença de peixes-leão no Litoral do Piauí. A orientação é que em casos de captura dos animais, pescadores e mergulhadores devem entrar em contato com autoridades e não os devolver ao mar.
Além da professora Edna, também colaboraram no trabalho os professores da UFDPar Cezar Fernandes, doutor em Recursos Pesqueiros e Aquicultura; Thiago Silva, doutor em Aquicultura; o técnico Luiz Gonzaga, doutor em Biotecnologia; e os pesquisadores e egressos do curso de Engenharia de Pesca, Antônio Leonildo e Juliana Isis.
As informações são do Clube News