A Justiça do Rio de Janeiro decidiu proibir os cultos da igreja evangélica liderada pelo pastor Silas Malafaia, informou o MP fluminense.
Essa é a segunda tentativa de proibir os cultos. Numa primeira tentativa, a Justiça não tinha autorizado a paralisação das celebrações.
Em meio ao avanço do coronavírus, Malafaia havia convocado fiéis a irem aos templos para rezar e fazer uma corrente de fé contra o Covid-19. A conclamação gerou uma enorme polêmica, uma vez que médicos e especialistas têm recomendado o isolamento social e que as pessoas evitem concentrações e aglomerações.
“O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), obteve decisão com a determinação para que a Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) e o pastor Silas Malafaia deixem de realizar cultos em suas respectivas igrejas,” , disse o MP em nota.
Caso a medida seja descumprida, a pena prevista é de multa diária de 10 mil reais. A decisão judicial determina ainda que o Estado e o município do Rio fiscalizem o cumprimento da medida.
Desde a semana passada, a arquidiocese do Rio de Janeiro decidiu fechar as igrejas católicas do Estado e passou a realizar missa on line pela internet.
Outras correntes religiosas também têm adotado novas práticas no Rio de Janeiro diante do avanço do Covid-19.
O Estado já tem 4 mortes confirmadas por coronavírus e 233 casos confirmados da doença.
Reportagem de Rodrigo Viga Gaier/REUTERS