Pressione Enter e depois Control mais Ponto para Audio

Lei Maria da Penha completa 14 anos

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Um marco no combate à violência contra a mulher, a Lei Maria da Penha completa 14 anos nesta sexta-feira (7), mas a violência doméstica segue fazendo vítimas.

Em meio a pandemia do novo coronavírus, o número de casos de feminicídio cresceu 2,2% entre março e maio de 2020, comparado ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

“A lei foi fruto de uma luta minha de 20 anos por justiça. Eu recebi um tiro enquanto dormia e fiquei paraplégica. O meu caso foi julgado duas vezes e por duas vezes ele foi condenado, mas saiu do fórum em liberdade”, afirma Maria da Penha.

Foto: Ilustração

A cearense de 75 anos escreveu um livro e seu caso foi parar na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA em 1998. Em 2001, a Organização dos Estados Americanos recomendou que o país investisse em políticas públicas contra a violência doméstica. Somente anos depois, a lei foi criada e hoje é considerada pela ONU uma das mais avançadas no combate à violência doméstica do mundo.

Para a promotora Silvia Chakian, a lei tirou da invisibilidade o sofrimento de milhares de brasileiras. “Se a gente olha para trás, esses casos ainda estavam restritos entre quatro paredes. Eles só passam a se tornar de conhecimento público a partir da Lei Maria da Penha”, disse.

A CNN conversou com uma mulher vítima de violência doméstica que não quis se identificar. Ela conta que a mãe também sofria agressões, mas não teve o mesmo amparo para se proteger. “Não tinha lei, não tinha polícia, não tinha entidade. Quando eu me vi cercada de gente, de uma rede de apoio tão poderosa, eu pensei que isso podia ter acontecido na época da minha mãe”, reforça.

Aumento de 8% em 2019 na violência contra mulher

No ano passado, 1.304 mulheres foram vítimas de feminicídio, um aumento de 8% em relação a 2018. A CNN consultou os dados dos 26 estados e do distrito federal por meio da Lei de Acesso à Informação. Não há um levantamento oficial feito pelo governo brasileiro e o ainda deficiente enquadramento dos casos pode estar escondendo um quadro ainda pior.

A lei foi um ponto de partida, mas ainda precisa ser integralmente implementada. “Ainda vejo um grande descaso do poder público em reação à implementação da lei, porque uma lei não sai do papel a não ser que se invista em políticas públicas”, disse Maria da Penha.

A cearense de 75 anos escreveu um livro e seu caso foi parar na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA em 1998. Em 2001, a Organização dos Estados Americanos recomendou que o país investisse em políticas públicas contra a violência doméstica. Somente anos depois, a lei foi criada e hoje é considerada pela ONU uma das mais avançadas no combate à violência doméstica do mundo. 

Para a promotora Silvia Chakian, a lei tirou da invisibilidade o sofrimento de milhares de brasileiras. “Se a gente olha para trás, esses casos ainda estavam restritos entre quatro paredes. Eles só passam a se tornar de conhecimento público a partir da Lei Maria da Penha”, disse. 

CNN conversou com uma mulher vítima de violência doméstica que não quis se identificar. Ela conta que a mãe também sofria agressões, mas não teve o mesmo amparo para se proteger. “Não tinha lei, não tinha polícia, não tinha entidade. Quando eu me vi cercada de gente, de uma rede de apoio tão poderosa, eu pensei que isso podia ter acontecido na época da minha mãe”, reforça. 

Aumento de 8% em 2019 na violência contra mulher

No ano passado, 1.304 mulheres foram vítimas de feminicídio, um aumento de 8% em relação a 2018. A CNN consultou os dados dos 26 estados e do distrito federal por meio da Lei de Acesso à Informação. Não há um levantamento oficial feito pelo governo brasileiro e o ainda deficiente enquadramento dos casos pode estar escondendo um quadro ainda pior.

A lei foi um ponto de partida, mas ainda precisa ser integralmente implementada. “Ainda vejo um grande descaso do poder público em reação à implementação da lei, porque uma lei não sai do papel a não ser que se invista em políticas públicas”, disse Maria da Penha.

Anne Barbosa, da CNN, em São Paulo

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
Acompanhe nossa coluna no Portal Cidade Luz e fique por dentro.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

CCOM, comandada por Marcelo Nolleto, utiliza lei revogada para liberar R$ 100 mil em patrocínio de evento

Nota de empenho emitida pela Comunicação do Governo do Piauí cita a antiga Lei nº 8.666/93, já revogada desde...

Mulher aceita pedido de casamento após 43 tentativas em sete anos

Depois de sete anos insistindo, o tatuador britânico Luke Wintrip, de 36 anos, finalmente ouviu o tão esperado "sim"...

Tarifaço dos EUA: Rafael Fonteles diz que mercado asiático é mais importante para o Piauí

O Piauí é um dos cinco estados menos afetados pela sobretaxa de 50% imposta pelo país norte-americano. A Confederação Nacional...

Torneio de Futsal começa na sexta-feira, 1º de agosto, às 19h, no Ginásio Jadson Alves, em Guadalupe

Por Gleison Fernandes - Jornalismo da UCA. A Prefeitura de Guadalupe, por meio da Secretaria Municipal de Esportes, realizará mais...
spot_img

Piauí deve enfrentar calor acima da média e umidade crítica em agosto

Estado deve ter calor de 2° acima da média até outubro. A Defesa Civil do Estado do Piauí, emitiu um alerta diante...

Gastos públicos ultrapassam R$ 3 trilhões em 2025 e expõem rombo de R$ 700 bilhões

Ferramenta Gasto Brasil, que monitora despesas em tempo real, mostra desequilíbrio estrutural entre arrecadação e gasto — já são...
spot_img

Posts Recomendados