Segundo informações do MPT-PI, a lista mais recente incluiu 132 empregadores e excluiu outros 17, entre pessoas físicas e jurídicas.
Dados do Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI) apontam que o estado é o terceiro maior com número de empregadores ilegais no país. Os dados do órgão ministerial levam em conta uma recente lista produzida, que informa sobre trabalhos análogos à escravidão divulgada na última quarta-feira (05/04) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Segundo informações do MPT-PI, a lista mais recente incluiu 132 empregadores e excluiu outros 17, entre pessoas físicas e jurídicas. Ao todo, na listagem constam 289 nomes, envolvidos em processos encerrados, isto é, em que não cabem mais recursos para as partes.
Ainda de acordo com o apurado, o Piauí é o terceiro estado com maior número de registros, cerca de 13 nomes, atrás apenas dos estado de Minas Gerais (35 nomes) e Goiás, com 15 nomes.
Informações dão conta também que em 2022, cerca de 180 trabalhadores foram resgatados no Piauí. Com isso, o estado ficou na primeira posição do Nordeste e em terceiro no Brasil que mais resgatou.
CIDADES COM OS EMPREGADORES NA “LISTA SUJA”
Dentre as cidades piauienses que possuem os empregadores da lista suja: Patos do Piauí, Colônia do Gurgueia, Parnaíba, Piracuruca, Alvorada do Gurgueia, Currais, Santa Cruz do Piauí, Flores, Palmeira, Antônio Almeida, São João da Serra, Jatobá do Piauí, Batalha, Itaueira, Marcolândia, Cristino Castro, São José do Peixe, Castelo do Piauí e Barras. Ao todo, 172 trabalhadores foram resgatados nesses estabelecimentos em situação análoga à de escravidão.
Do total de empresas, 12 já passaram a fazer parte da lista em 2023. Elas estão localizadas nos municípios de: Batalha, São João da Serra, Marcolândia, Cristino Castro, Castelo do Piauí, Flores, Itaueira, Jatobá do Piauí, Palmeira, Currais, Colônia do Gurgueia e Patos do Piauí. Já as empresas localizadas em Piracuruca, Alvorada do Gurgueia, Antônio Almeida, São João da Serra, São José do Peixe, Barras, Santa Cruz do Piauí e Parnaíba já estão na lista desde 2022.
INICIATIVA DO GOVERNO FEDERAL
A lista suja do Trabalho escravo é uma iniciativa do Governo Federal, através do Ministério do Trabalho e Emprego em que o cadastro é atualizado duas vezes ao ano: uma em abril e outra em outubro. Integram a lista as empresas que foram alvo de decisões judiciais das quais não cabem mais recursos, em casos identificados pelas equipes de inspeção do trabalho entre os anos de 2018 e 2022. Os empregadores permanecem na lista por dois anos. Se houver reincidência, os nomes continuam por mais dois anos.
Somente nos primeiros três meses de 2023, o Estado já acumula 11 resgates de trabalhadores no Piauí e outros 201 resgates aconteceram em outros Estados, como Goiás, Minas Gerais e Paraná.
Com informações do OitoMeia