Presidente cumprirá agenda bilateral no Oriente Médio antes da COP 28, nos Emirados Árabes. Essa é a primeira viagem internacional de Lula após a cirurgia no quadril
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarcou na manhã desta terça-feira (28) em Riad, capital da Arábia Saudita, primeira parada da viagem internacional para o Oriente Médio e Alemanha. O primeiro compromisso do petista é uma reunião com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman.
“Nosso primeiro destino nesta visita ao Oriente Médio, para reuniões com o chefe de Estado e de empresários brasileiros e sauditas. Vamos apresentar projetos de investimento no Brasil e aumentar as relações comerciais e de parceria entre nossos países nos setores de energia, agricultura e também na indústria”, disse Lula.
O líder brasileiro também informou que vai apresentar projetos do Novo Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC) para investimentos em infraestrutura.
A retomada das viagens internacionais ocorre dois meses após Lula se submeter a uma cirurgia para restaurar a articulação do quadril. Nesse período, o presidente cumpriu agendas apenas em Brasília.
O principal compromisso de Lula nessa viagem internacional é a participação na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
A COP 28 deverá fazer um balanço da implementação do Acordo de Paris – estabelecido na COP 21, em 2015. O Brasil deverá endossar o compromisso de manter o aumento da temperatura média global em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, além de cobrar recursos para reparação e para uma transição justa para os países em desenvolvimento.
Metas
Na COP 21, cada país signatário estabeleceu metas próprias de redução de emissão de gases de efeito estufa, chamadas de Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês). A NDC brasileira, atualizada em 2023, estabelece que o Brasil deve reduzir as próprias emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação às emissões de 2005.
Além disso, em 2023, o Brasil reiterou compromisso de alcançar emissões líquidas neutras até 2050. Ou seja, tudo que o país ainda emitir deverá ser compensado com fontes de captura de carbono, como plantio de florestas, recuperação de biomas ou outras tecnologias.
Após o balanço na COP 28, a principal expectativa da COP 29 é definir novo patamar para financiar a ação climática e, depois disso, na COP 30, que ocorrerá no Brasil, o esperado é que os países apresentem suas novas NDCs.
A COP 28 ocorrerá entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro. O presidente Lula deverá participar nos dias 1 e 2 de dezembro, durante a reunião de cúpula com 140 chefes de Estado e de governo. O Brasil terá uma delegação com cerca de 1,5 mil participantes da sociedade civil, de empresas privadas, do Congresso Nacional, de governos estaduais e do governo federal.
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