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Mecânico preso por roubo a joalheria alega inocência e diz que estava em competição de ciclismo no dia do crime

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O irmão do jovem contou que o sentimento da família com a prisão foi de injustiça. Aplicativo de monitoramento do percurso da prova mostra a localização onde Weslley estava no dia do caso.

O mecânico Weslley Carvalho de Sousa foi solto na última quarta-feira (28) após oito dias preso em Parnaíba, litoral do Piauí. Conforme a defesa de Wesley, o rapaz é inocente e foi confundido com o autor de um furto em uma joalheria na cidade. Ele afirma, contudo, que na data do crime, em 3 de setembro de 2023, o jovem participava de uma prova de ciclismo em Buriti dos Lopes, cidade do Norte do estado.

Procurado, o delegado Abimael Sousa, responsável pelas investigações do caso, informou que responde temporariamente pela delegacia que pediu a prisão do jovem e não pode comentar o caso. O g1 também procurou a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, que ainda não comentou o caso.

Jovem é liberado após ser preso por engano em Parnaíba — Foto: Foto: Arquivo Pessoal

“O inquérito e processo encontram-se em segredo de justiça, por isso não posso comentar sobre o caso. O fato e o rapaz ainda continuam sob investigação, inclusive ele saiu com tornozeleira eletrônica”, explicou o delegado Abimael de Sousa.

Em vídeo, a família registrou o momento em que o jovem foi liberado da penitenciária. Chorando, ele foi acolhido com abraços e sob gritos que diziam “inocente!”. Ao pegar o filho de dois meses no colo, o mecânico se emocionou ainda mais com a liberdade.

Mecânico preso por engano em Parnaíba é liberado após 7 dias; no dia do crime, ele participava de uma prova de ciclismo em outra cidade — Foto: Foto: Arquivo Pessoal

Ao g1, o irmão de Weslley, o policial militar Wallisson Carvalho contou que o sentimento da família com a prisão foi de injustiça.

“Eu sou do meio da segurança pública, nós lutamos pela justiça, pelo que é correto, e ver uma injustiça dessas, desse tamanho, acontecer com meu irmão e dentro da minha casa, é um sentimento de injustiça tremendo. Nós choramos, os amigos choraram junto, a família sofreu bastante”, lembrou Wallisson.

Wallisson ressaltou ainda que o irmão, além do trabalho de mecânico, pratica o ciclismo como hobby e participava da prova na cidade vizinha no dia em que o furto aconteceu. Segundo ele, no ato da prisão, a família não entendia o que estava acontecendo, uma vez que os policiais chegaram enquanto Weslley trabalhava em sua oficina consertando uma moto.

“Para falar a verdade, nem ele e nem nós sabíamos o motivo da prisão, não foi explicado, ninguém disse nada. Ele estava mexendo no motor da uma moto, com a mão toda suja de graxa e não pode lavar nem as mãos. Simplesmente prenderam e levaram, inclusive ele foi algemado, coisa que não se faz. Só se algema alguém, quando se apresenta resistência, fuga, ou algum risco à integridade dos agentes policiais, ele saiu de lá algemado. Ele passou dois dias sujo, sem tomar banho”, ressaltou o PM.

Investigação do caso

Jovem é solto sete dias após ser preso por engano em Parnaíba — Foto: Foto: Arquivo Pessoal

Apesar da liberdade concedida, Weslley precisou sair do presídio de Parnaíba usando uma tornozeleira eletrônica. O advogado do mecânico, Alberico Ribeiro explicou que essa ação faz parte do inquérito policial, uma vez que ainda não existe um processo, mas Weslley será investigado e precisa estar à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos.

Ou seja, ele continua como suspeito do caso, embora tenha sido liberado por não haver provas da participação no crime. Documentos atestando a presença do jovem na prova de ciclismo foram anexadas e usadas para comprovar que Weslley não estava em Parnaíba no dia do furto.

“Existe uma investigação. Então ele vai ter as restrições, comparecer mensalmente, a cada 30 dias ao Fórum, para assinar uma lista comprovando as atividades financeiras, a residência e o endereço que ele tem da família, e aguardar o momento que o delegado vai encerrar o procedimento. Estamos numa fase de investigação e ele está na condição de investigado, agora com a presunção, porque não havia os elementos da prisão dele, porque falta a autoria”, explicou o advogado.

Gleison Fernandes
Gleison Fernandeshttps://portalcidadeluz.com.br
Editor Chefe do Portal Cidade Luz

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