O navio sofreu fissuras no casco durante transporte de carga de minério de ferro para a China.
Após três meses encalhado, o navio mercante sul-coreano Stellar Banner foi afundado às 10h desta sexta-feira (12), na costa do Maranhão. De acordo com a Marinha do Brasil, a operação foi iniciada às 5h e os procedimentos transcorreram como planejados pelas autoridades ambientais.
A Marinha informou que a fase de preparação para o afundamento ocorreu de acordo com pareceres da Sociedade de Proteção e Indenização (P&I) e da organização ITOPF (International Tanker Owners Polutions Federation), que são mundialmente reconhecidas por boas práticas de questões ambientais.
Pelos próximos três dias, vão permanecer na área quatro embarcações para verificar possíveis objetos que possam se soltar do navio ou manchas de óleo no oceano. São eles: o AHTS (Anchor Handling Tug Supply) Bear, o OSRV (Oil Spill Response Vessel) Água Marinha, o OSV (Offshore Support Vessel) Normand Installer e o Navio de Apoio Oceânico ‘Iguatemi’, da Marinha do Brasil.
Além disso, a aeronave Poseidon, contratada pelo Ibama, realizou voos de monitoramento na manhã desta sexta e também vai permanecer no local nos próximos dias. A Capitania dos Portos do Maranhão vai manter a fiscalização das atividades no local, junto com o Ibama e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Sema).
Danos ambientais
A Polaris Shipping, proprietária do navio, foi responsável por solicitar o afundamento da embarcação. No documento entregue as autoridades, a empresa se responsabilizou por possíveis danos ambientais que podem ser causados ao meio ambiente por conta da carga de minério de ferro e óleo que ficou no Stellar Banner.
“No documento entregue à CPMA, a armadora assume as responsabilidades com relação à carga que ficará a bordo do Navio e quaisquer outras reclamações futuras e declara que as operações são planejadas e serão executadas por pessoal com conhecimento técnico, habilidade e capacidade necessários, aplicando as medidas de segurança exigidas e utilizando equipamentos e embarcações adequados. Também comunica que está preparada para desenvolver outras ações contra ocorrências fortuitas indesejáveis”, disse a nota.
A decisão de afundar o navio foi divulgada pela Marinha no último sábado (6). Na quinta-feira (4) o Stellar Banner foi rebocado de onde ficou encalhado e passou a ficar em águas mais profundas, a cerca de 111 km de São Luís.
O reboque do navio se tornou possível após a remoção de cerca de 145 mil toneladas de minério de ferro e 3,9 mil metros cúbicos de óleo do Stellar Banner. A operação foi realizada no dia 12 de abril.
Área afetada
A área afetada no casco do navio era de cerca de 25 metros, segundo o chefe de Estado-Maior do Comando do 4º Distrito Naval, Robson Neves Fernandes. Atualmente, não há registro de vazamentos.
No dia 28 de fevereiro, o Ibama havia verificado o vazamento de 333 litros de óleo no mar e o poluente havia se espalhado por uma área de 0,79 km². Um dia depois, o instituto afirmou que não visualizou mais as manchas de óleo encontradas anteriormente.
As informações são do G1.