Nova legislação do Bolsa Família facilita transição de beneficiários para o mercado de trabalho sem perda imediata do benefício

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Inovação permite que famílias continuem recebendo 50% do valor por até 24 meses

O Programa Bolsa Família, instituído como política pública para transferência de renda, apresenta resultados que impactam a estrutura social, especialmente entre as famílias de menor renda. No Piauí, o programa beneficia 595.813 famílias e movimenta mensalmente R$ 402 milhões na economia local.

De acordo com Fernanda Soares, coordenadora estadual do Bolsa Família, o programa tem como primeira finalidade combater a fome e oferecer suporte básico para famílias em situação de vulnerabilidade. “Ele também busca interromper o ciclo intergeracional da pobreza, incentivando a permanência de crianças e adolescentes na escola e possibilitando melhores oportunidades de inserção no mercado de trabalho”, afirmou.

Além disso, o programa é citado como uma forma de ampliar o acesso à proteção social. “Por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e outros serviços, as famílias conseguem acessar documentação civil, saúde, educação, habitação e outros direitos”, diz Fernanda Soares.

Crédito: cadunicobrasil.com.br / Jeane de Oliveira

O principal critério para participar do programa é a renda per capita da família, que deve ser igual ou inferior a R$ 218. Este cálculo é feito dividindo a renda total da família pelo número de seus membros. O programa também prioriza determinados grupos, como crianças, gestantes e grupos populacionais tradicionais específicos (GTPS), a exemplo de ribeirinhos e agricultores familiares, considerados mais vulneráveis.

Uma das mudanças introduzidas pela nova legislação do Bolsa Família é a regra de proteção, que permite que beneficiários ingressem no mercado de trabalho formal sem perder imediatamente o benefício. “Se a renda per capita permanecer abaixo de meio salário mínimo, a família pode continuar recebendo 50% do valor do benefício por até 24 meses, garantindo uma transição financeira mais estável”, explica Fernanda Soares.

Caso a família alcance uma renda superior ao critério estabelecido, é possível solicitar o desligamento voluntário no CRAS. Se necessário, o retorno ao programa é priorizado, desde que a família volte a atender os requisitos.

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
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