O ex-coordenador da Operação Lava Jato deixa o Podemos depois de ter perdido o mandato de deputado federal, em maio.
O deputado federal cassado Deltan Dallagnol oficializou sua filiação ao Partido Novo. O anúncio foi feito em evento do partido, nas redes sociais da legenda, e compartilhado por Deltan. O ex-coordenador da Operação Lava Jato deixa o Podemos depois de ter perdido o mandato de deputado federal, em maio deste ano. A legenda precisou revisar o estatuto interno para admitir o político.
“O Novo tem orgulho em anunciar um reforço importante ao time. Deltan Dallagnol comandou a maior operação de combate à corrupção da história, e conseguiu um feito inédito no Brasil: colocar políticos e poderosos atrás das grades. Para que o país dos nossos sonhos se torne realidade, é preciso coragem para enfrentar o sistema. É preciso de gente correta, competente e unida, caminhando na mesma direção. Deltan Dallagnol é NOVO. E o NOVO tem coragem para enfrentar os donos do poder”, disse o partido na publicação.
Cassado
Em 16 de maio, por unanimidade, o plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o registro da candidatura do ex-procurador. Os ministros da corte entenderam que Dallagnol pediu exoneração do cargo de procurador do Ministério Público para fugir de um julgamento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que poderia impedi-lo de concorrer às eleições do ano passado. Assim, os ministros consideraram que o ex-procurador da Lava Jato “frustrou a aplicação da lei”.
Os ministros julgaram um recurso apresentado pela Federação Brasil Esperança, formada pelos partidos PT, PCdoB e PV, contra a decisão da Justiça Eleitoral do Paraná que aprovou a candidatura do ex-procurador da República. O R7 entrou em contato com o parlamentar e aguarda retorno.
Em 2 de outubro de 2022, o então candidato Deltan Dallagnol foi eleito deputado federal, com 344 mil votos. Ele foi o mais votado do Paraná e teve a segunda maior votação da história do estado para o cargo.
Na ação, os partidos contestam a elegibilidade de Dallagnol. Argumentam, por exemplo, que ele estaria barrado pela Lei da Ficha Limpa, por ter deixado a carreira de procurador da República com processos administrativos pendentes no CNMP.
Fonte: R7