Novo Ensino Médio gera dúvidas entre alunos e críticas entre especialistas

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Até 2024, todas as escolas públicas e privadas deverão apresentar um novo currículo, baseado em áreas de conhecimento

É o segundo ano da implantação do Novo Ensino Médio pelo Brasil, mas as dúvidas e críticas ao modelo ainda são muitas. O projeto criado em 2017 propõe que até 2024, todas as escolas públicas e privadas deverão apresentar o novo currículo.

Sideview of students prepearing for exams in university.Girl and boy sitting on wooden desk and looking at camerain spacy modern university classroom with big panoramic windows. Working with project.

Em vez do tradicional, em que todos aprendem o mesmo conteúdo, os alunos escolhem uma área do conhecimento e se aprofundam nela. Matérias como história física e geografia perdem espaço. No lugar, entram novidades como ‘Se Liga na Mídia’ e ‘Start, Hora do Desafio’.

Severino Honorato, professor de história há 30 anos, deve lecionar pela primeira vez a matéria ‘Eu, Robô’. “Os nomes são muito bonitos, atraentes. Mas não tive preparação adequada para lecionar”, explica.

O tempo de permanência do aluno também deve aumentar, de 800, serão 1000 horas na escola. O objetivo é aproximar a escola da realidade dos alunos atualmente. As mudanças, no entanto, exigem adaptações, tanto na escola quanto na formação dos professores, o que caminhou pouco até então.

“Alguns projetos que seriam mto interessantes e contribuiriam muito pra formação dos estudantes são praticamente esquecíveis se não tivermos uma boa sala de leitura, uma boa biblioteca, acesso a internet, acesso a equipamentos”, diz Marcos Garcia Neira, doutor em Educação pela USP.

O Ministério da Educação informou que deve retomar o diálogo com a comunidade escolar e planeja uma pesquisa para avaliar a mudança e corrigir distorções, o que se torna um desafio urgente para as escolas.

“A gente precisa sentar, recolher esses resultados e fazer os ajustes, principalmente em relação aos vestibulares, porque eles precisam se conversar, para que os vestibulares comecem a cobrar 10% aquilo que os alunos estão aprendendo no dia a dia da escola”, analisa Michael Souza, diretor de uma unidade com ensino médio.

Por Olívia Freitas – Jornal da Band

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
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