Pressione Enter e depois Control mais Ponto para Audio

OAB diz que advogados continuam com direito a prisão especial

spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Alegação vem após STF acabar com prisão especial para quem tem diploma de curso superior.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) publicou neste sábado (1º) um comunicado alegando que os advogados continuam com direito a prisão especial mesmo após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) por acabar com o benefício para quem tem curso superior.

“A condição não é um privilégio ao advogado, mas sim uma garantia de que não haverá perseguição em eventual investigação apenas por sua atividade profissional”, afirma o presidente da OAB, Beto Simonetti.

Segundo a entidade, o privilégio faz parte do Estatuto da Advocacia e garante ao profissional o recolhimento em sala de Estado Maior antes de sentença transitada em julgado. “Essa é uma das garantias de que dispõe a classe para o livre exercício da advocacia. Integra um conjunto de regras maior, listado em nosso Estatuto, que prevê outras situações de preservação da profissão”, diz o procurador nacional de Prerrogativas da OAB, Alex Sarkis.

Na sexta-feira (31), o STF acabou com a prisão especial para pessoas que têm diploma de curso superior, admitindo casos em que for constatado algum tipo de ameaça à integridade física, moral ou psicológica pela convivência com os demais presos. Essa regra está prevista na Lei de Execução Penal e vale para qualquer preso, independentemente do grau de instrução dele.

A regra foi questionada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que disse que separar presos pelo nível de formação acadêmica “contribui para perpetuação de inaceitável seletividade do sistema de justiça criminal, desagrega brasileiros, por acentuar e valorizar clivagem sociocultural entre eles, e reafirma, tanto do ângulo simbólico quanto do pragmático, a desigualdade, a falta de solidariedade e a discriminação que caracterizam parte importante da estrutura social brasileira”.

O relator da ação no Supremo foi o ministro Alexandre de Moraes. Segundo ele, a medida é discriminatória e não há justificativa para que pessoas submetidas à prisão recebam tratamento diferenciado com base no grau de instrução acadêmica.

Bruna Lima, do R7, em Brasília

Gleison Fernandes
Gleison Fernandeshttps://portalcidadeluz.com.br
Editor Chefe do Portal Cidade Luz

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Posts Recentes

Governo Lula admite que não sabe como devolver dinheiro a aposentados após rombo de R$ 6,3 bilhões no INSS

O valor de aproximadamente R$ 6,3 bilhões foi desviado em favor de associações e sindicatos. O governo do presidente Luiz...

Povoado Artur Passos receberá 6 mil m² de pavimentação, anuncia prefeito Júnior Nato

Por Gleison Fernandes. O prefeito de Jerumenha, Júnior Nato, acompanhado da vice-prefeita Elizângela Rocha e de vereadores, realizou na quarta-feira,...

Presidente da Câmara, Adão Moura, dedica mensagem aos trabalhadores de Guadalupe

Ao Portal Cidade Luz, o vereador afirmou que o Poder Legislativo da cidade expressa reconhecimento e respeito a cada...

Guadalupe debate bullying e inclusão no 1º Cine Social Inclusivo com exibição do filme Extraordinário

Por Gleison Fernandes. A Prefeitura de Guadalupe, por meio da Secretaria Municipal da Juventude, em parceria com a Secretaria de...
spot_img

Chapa Júlio César e Marcelo Castro ganha força ao Senado com aval da base de Rafael Fonteles

Ganha corpo no Piauí a formação de uma chapa majoritária ao Senado composta por Júlio César (PSD) e Marcelo...

CMN regulamenta ampliação do Minha Casa, Minha Vida para classe média

Conselho permite utilização de recursos do Fundo Social do Pré-Sal Em reunião extraordinária nesta quarta-feira (30), o Conselho Monetário Nacional (CMN)...
spot_img

Posts Recomendados