OMS publica primeira diretriz sobre canetas emagrecedoras e destaca uso responsável

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Organização reforça que medicamentos como semaglutida, liraglutida e tirzepatida devem ser parte de um tratamento abrangente para obesidade, com acompanhamento profissional e foco na saúde a longo prazo.

A primeira diretriz da OMS sobre canetas emagrecedoras foi publicada em um momento em que medicamentos como semaglutida, liraglutida e tirzepatida estão muito populares e cercados de expectativas.

Esses remédios, aplicados por injeção semanal ou diária, passaram a ser vistos por muita gente como uma forma rápida de emagrecer.

O entusiasmo cresceu mais rápido do que a compreensão sobre como esses medicamentos devem ser usados.

É justamente esse desequilíbrio que a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenta agora colocar em perspectiva.

O documento reforça que a obesidade não é falta de força de vontade, mas uma doença crônica, complexa e progressiva.

Por isso, os medicamentos à base de GLP-1 não devem ser usados de forma isolada.

Eles precisam fazer parte de um plano mais amplo, com acompanhamento profissional, mudanças de estilo de vida e metas possíveis de manter no longo prazo.

o que é metabolômica – diretriz da OMS sobre canetas emagrecedoras / Depositphotos

O que é a OMS

A OMS (Organização Mundial da Saúde) é a agência das Nações Unidas responsável por orientar políticas globais de saúde pública.

Além de monitorar surtos, avaliar evidências científicas e apoiar países em emergências sanitárias, a organização publica diretrizes que ajudam profissionais e governos a tomar decisões baseadas em ciência.

A primeira diretriz da OMS sobre o uso de canetas emagrecedoras segue esse papel. Busca padronizar práticas e melhorar o cuidado de pessoas com obesidade no mundo todo.

Como a OMS orienta o uso das canetas emagrecedoras

A OMS reconhece que as terapias com GLP-1 promovem perda de peso de maneira consistente e podem trazer benefícios adicionais à saúde.

Ainda assim, destaca que o tratamento é prolongado. O uso tende a seguir por mais de alguns meses, geralmente acima de seis meses, e deve continuar enquanto houver benefício clínico.

Medicamentos avaliados

A diretriz abrange três opções já amplamente conhecidas:

  • Liraglutida (Saxenda);
  • Semaglutida (Wegovy);
  • Tirzepatida (Mounjaro).

Todos demonstraram eficácia, cada um com características próprias.

De maneira geral, a OMS indica que os benefícios costumam superar os riscos quando o uso é orientado por um especialista e combinado a um programa completo de cuidado.

Efeitos colaterais mais comuns

  • náuseas;
  • dor abdominal;
  • constipação;
  • diarreia;
  • enjoos.

Na maioria dos casos, esses sintomas diminuem com o tempo ou após ajustes de dose.

Interrupção do tratamento

Um ponto importante reforçado pela OMS é que suspender o uso pode levar ao reganho de parte do peso perdido, por se tratar de uma doença crônica.

Ainda faltam estudos suficientes para orientar com clareza quando ou como interromper essas terapias, por isso não há uma recomendação específica sobre a suspensão.

Tratamento vai além das canetas

A diretriz destaca que o início do tratamento não deve se basear em relatos de amigos ou influenciadores, e sim em avaliação individual.

Antes da prescrição, recomenda-se:

  • consulta médica detalhada;
  • orientação sobre alimentação e atividade física;
  • discussão sobre riscos, benefícios e expectativas;
  • acompanhamento contínuo.

Esse suporte ajuda a otimizar a resposta ao medicamento e a criar hábitos que sustentam os resultados.

Acesso e desigualdade

O documento alerta ainda que, se o acesso for limitado a quem pode pagar, o risco é o aumento da desigualdade, deixando parte da população sem tratamento.

Em muitos países, o custo ainda é um obstáculo relevante.

Leonidas Amorim
Leonidas Amorimhttps://portalcidadeluz.com.br
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