Operação foi autorizada pelo Ministro Alexandre Moraes e mira suspeitos de organizar atos golpistas
Fabiano Oliveira participava de manifestação de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército em Vila Velha, na Grande Vitória (ES).
O pastor Fabiano Oliveira, foragido há cinco dias, foi preso durante um ato golpista na manhã desta segunda-feira (19).
Fabiano Oliveira participava de manifestação de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército em Vila Velha, na Grande Vitória (ES).
Segundo Eugênio Ricas, superintendente da Polícia Federal (PF) no estado, o pastor não reagiu à prisão. “Foi preso pela PF, sem resistência, encaminhado ao DML [Departamento Médico Legal] e entregue ao sistema prisional”, detalhou ao g1.
Oliveira estava foragido deste a última quinta-feira (15), após se tornar alvo de uma operação contra bolsonaristas suspeitos de organizar atos antidemocráticos. Agentes da PF cumpriram mais de 100 mandados de busca e apreensão em sete estados e no Distrito Federal com a autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Ao saber do mandado de prisão contra ele, o pastor se manifestou em vídeo em frente ao batalhão. “Estou ciente de que não cometi nenhum crime e continuo com a mesma certeza de que não vamos dar um só passo atrás até que o comunismo caia”, afirmou.
Oliveira também aparece falando em uma gravação que a polícia tentou cumprir o mandado de prisão contra ele na noite da sexta-feira (16), mas que os manifestantes impediram a determinação do STF.
De acordo com o superintendente da PF, o pastor não foi preso antes por conta da aglomeração em frente ao batalhão; uma ação da polícia naquele cenário poderia colocar em risco a integridade de outras pessoas.
Além de Oliveira, Moraes determinou a prisão de outras três pessoas no Espírito Santo: o vereador de Vitória Armandinho Fontoura (Podemos), o jornalista Jackson Rangel Vieira e o radialista e candidato derrotado a deputado estadual Max Pitangui (PTB).
Entre os investigados, estão os deputados Carlos Von (DC) e Capitão Assumpção (PL), que terão que usar tornozeleiras eletrônicas.
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