Ex-presidente e atual mandatário mantiveram os mesmos índices de intenção de voto do levantamento anterior.
A pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta-feira (3/6) registrou estabilidade no cenário eleitoral da semana, com Lula mantendo sua vantagem sobre Bolsonaro no levantamento de primeiro turno, por 45% a 34%, mesmo com a saída de João Doria da disputa. Os percentuais entre os dois que lideram são idênticos aos da última pesquisa estimulada (na qual os eleitores recebem uma lista com os nomes dos candidatos).
Ciro Gomes oscilou de 8%, na leitura anterior, para 9%, agora, e foi seguido por Simone Tebet, que manteve os 3%; André Janones, Vera e Pablo Marçal, todos com 1%. Ficou em 7% o percentual de eleitores que não escolheram qualquer candidato.
Na simulação de segundo turno, o ex-presidente e o atual mantiveram a porcentagem de eleitores registrada na semana anterior: 53% e 35%, respectivamente.
Já na pesquisa espontânea, na qual os eleitores não recebem a lista de candidatos, ambos oscilaram dentro da margem de erro. Lula foi de 40% para 39%, e Bolsonaro, de 30% para 29%.
Foram realizadas mil entrevistas de abrangência nacional, nos dias 30 e 31 de maio e 1º de junho. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-02893/2022. A margem de erro máxima é de 3,2 pontos percentuais.
Avaliação do governo
O grupo que considera o governo de Jair Bolsonaro como ruim ou péssimo oscilou um ponto para baixo, indo de 51% para 50%, em um recuo acumulado de 5 pontos percentuais desde o início de 2022. Esta é melhor marca para o governo desde junho de 2021. Os que consideram a administração como boa ou ótima ficaram estáveis em 31%, enquanto os que a avaliam como regular oscilaram de 17%, na semana anterior, para 18% agora.
Os eleitores elencaram ainda quais características consideram mais importantes para o próximo presidente. Honestidade ficou no topo da lista (81% dizem ser muito importante), seguida pela preocupação com as pessoas (77%), competência (72%), inteligência (66%), equilíbrio (65%), pulso firme (60%), ideias novas e modernas (59%) e experiência (59%).
Por Guilherme Amado e Paulo Cappelli/Metrópoles