Os novos presídios serão instalados nas cidades de Teresina e Picos.
A capacidade do sistema penitenciário do Piauí deve chegar a 6 mil vagas até o final de 2025 com a construção de quatro novas unidades prisionais no estado. A informação foi confirmada pelo secretário de Justiça (Sejus), Coronel Carlos Augusto, em entrevista ao site Clube News, na segunda-feira (24).
Os novos presídios serão instalados nas cidades de Teresina e Picos. Além disso, a Sejus deverá entregar em 2024 as reformas das penitenciárias José de Deus Barros, em Picos; Irmão Guido, em Teresina; e a nova cadeia de Buriti dos Lopes.
“Nós já aumentamos o número de vagas. Vamos encerrar 2024 com 4 mil vagas dentro do sistema penitenciário e no próximo ano, aproximadamente, 6 mil vagas em dezembro de 2025. É verdade que ainda temos um número elevado de pessoas”, disse.
Reinserção
O secretário Carlos Augusto reconheceu a necessidade de reinserção de presos na sociedade por meio de medidas socioeducativas para dar vasão à quantidade de pessoas em cárcere no Piauí.
“Estamos determinados em criar não apenas vagas no nosso sistema, mas também em criar trabalho. O potencial de mão de obra nos presídios é muito grande. Presídios foram construídos para serem depósitos de pessoas que cometeram erros, mas ele tem que trabalhar para não ficar ociosos e ter esse custo alto para a sociedade”, pontuou.
Monitoramento
A previsão é que o Governo do Estado entregue, até o mês de dezembro deste ano, a nova Central de Monitoramento de Teresina. O mecanismo terá a capacidade de monitorar 5 mil pessoas em regime semiaberto.
“Elas estarão cumprindo pensas de menor potencial ofensivo e deixaremos presas as pessoas que oferecem maior risco à sociedade. Essa é uma decisão do Judiciário, mas é uma previsão legal. Temos cerca de mil pessoas monitoradas em Teresina”, informou.
Fugas
Em 2024, a Secretaria de Justiça do Piauí contabilizou a fuga de 36 presos. Desse total, quatro ainda não foram recapturados. Na avaliação do secretário, a superlotação dos presídios impacta na implementação dos protocolos de segurança.
“Quando há superlotação, há um risco maior de fuga. O presídio se torna um desafio muito grande, porque o protocolo de segurança fica maior. De todas as pessoas que empreenderam fuga, apenas quatro estão fora e vão voltar para o sistema. O fato é que estamos reforçando os perímetros de segurança e as questões físicas e estruturais para que fugas não aconteçam no futuro”, concluiu.
As informações são do Clube News