A biodiversidade vegetal brasileira ainda guarda muitas novidades em favor da humanidade.
Trata-se da espécie popularmente conhecida como Catingueira (catinga-de-porco), ou Poincianella pyramidalis, nos meios científicos. O estudo destacou as propriedades de vinte e cinco substâncias isoladas importantes para o tratamento de doenças respiratórias e gastrointestinais, diabetes, febre, cólicas e situações de inflamação em geral.
Em agosto passado foi publicado no Journal of Ethnopharmacology uma revisão sobre uma planta muito abundante na região da Caatinga e nas áreas de Restinga (litorânea) do Piauí. Trata-se da espécie popularmente conhecida como Catingueira, ou Poincianella pyramidalis, nos meios científicos. O estudo destacou as propriedades de vinte e cinco substâncias isoladas importantes para o tratamento de doenças respiratórias e gastrointestinais, diabetes, febre, cólicas e situações de inflamação em geral. Diversos preparos envolvendo diferentes partes da planta como raiz, cascas do caule, folhas, flores e frutos revelaram um grande número de propriedades biológicas como antibacteriana, antifúngica, anti-helmíntica, antiinflamatório, antinociceptivo (efeito neutralizante da dor), atividades neuroprotetoras e gastroprotetoras.
O estudo foi conduzido pelas pesquisadoras Leide Maria Soares de Sousa do Programa de Pós-Graduação em Farmácia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), conduzida sob orientação da Dra. Lina Clara Gayoso Moreno e Dr. Lívio Nunes com o suporte de mais cinco pesquisadores, dentre eles este botânico que vos escreve.
A revista é considerada uma das maiores referências para o segmento do uso farmacológico das plantas e de outros recursos decorrentes do conhecimento tradicional, sendo de alto impacto no meio científico (Qualis A1 para quase todas as áreas e com Fator de Impacto de 3,69).
A P. pyramidalis e a P. bracteosa são duas plantas bastante parecidas, ambas tratadas como Catingueira e com as quais já me relaciono, enquanto botânico, há muito tempo, pois auxilio grupos de pesquisadores na área de farmacologia, lideradas pela Dra. Lina Clara (minha ex-aluna e amiga) e Dr. Lívio Nunes (UFPI), e da área de genotoxidades e citotoxidade, lideradas pelo Dr. Pedro Almeida e pela Dra. Francielle Martins (UESPI).