O estado perde mais pessoas para outros locais do que recebe novos moradores.
De acordo com as Projeções da População 2018, o saldo migratório do Piauí é negativo. Isso significa que o estado perde mais pessoas para outros locais do que recebe novos moradores. Em média, cerca de 13,9 mil habitantes saem anualmente do Piauí para morar em outros lugares.
A taxa líquida de migração chegou a -3,81 em 2021, o que significa que a cada mil habitantes, cerca de 3,81 deixam o estado anualmente. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O saldo migratório negativo, aliado a outros fatores como a redução no número de nascimentos, tem contribuído para o baixo crescimento populacional. Segundo o IBGE, entre 2012 e 2021, a população do Piauí aumentou apenas 2,4%. É a menor taxa de crescimento entre os estados do país. De acordo com o levantamento, o Piauí ganhou apenas 76 mil moradores entre 2012 e 2021. A população do estado, que era de 3,213 milhões de pessoas em 2012, chegou a 3,289 milhões em 2021.
No mesmo período, a taxa de crescimento do Brasil foi de 7,5%. A população brasileira passou de 197 milhões em 2012 para 212 milhões em 2021, um incremento de 14 milhões de pessoas. O estado de Roraima teve o maior percentual de aumento (36,3%): lá, a população passou de 427 mil em 2012 para 582 mil em 2021.
Teresina segue a mesma tendência de baixo crescimento populacional, tendo o segundo menor índice entre as capitais do país. De 2012 a 2021, a população da capital passou de 841 mil para 871 mil pessoas, aumento de 30 mil habitantes, uma variação de 3,6%.
Apenas Porto Alegre (RS) teve taxa menor que Teresina, da ordem de 3,1%, passando de 1,448 milhão de habitantes em 2012 para 1,493 milhão em 2021, aumento de 45 mil moradores. Boa Vista (RR) teve a maior variação no período, de 37,9%. A capital roraimense ganhou 114 mil habitantes, subindo de 301 mil pessoas em 2012 para 415 mil em 2021.
Entre as justificativas para o baixo crescimento populacional do Piauí, está a redução de nascimentos. O índice pode ser verificado no estudo Projeções da População 2018, do IBGE. Conforme o levantamento, enquanto as mulheres piauienses tinham uma média de 2,68 filhos em 2000, o número caiu para 1,72 filhos em 2021. Com isso, a taxa bruta de natalidade reduziu de 23,5 nascimentos a cada mil habitantes em 2000 para 14,5 nascimentos a cada mil habitantes em 2021.
Com informações do IBGE