Após 50 anos, a Nasa está planejando o retorno do homem à lua por meio de um programa de voos espaciais tripulados conhecido como Artemis.
A Nasa tem grandes planos para a volta do homem à lua. No entanto, a agência do governo federal dos Estados Unidos responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial; enfrenta desafios e obstáculos para cumprir o cronograma planejado para essas missões.
Em suma, a Nasa já estava trabalhando para devolver os astronautas à Lua até 2028 quando, dois anos atrás, a Casa Branca instruiu a agência a acelerar os planos para 2024.
Todavia, a missão planejada para 2024, conhecida como Artemis III, foi adiada, e o primeiro pouso lunar humano em mais de 50 anos só deverá ocorrer em 2025.
As missões Artemis posteriores estabelecerão uma presença lunar de longo prazo. Isso pode incluir o estabelecimento de um acampamento base lunar para estadias de 1 a 2 meses na superfície da lua e o desenvolvimento de rovers para ajudar os astronautas a realizar pesquisas lunares.
“O fracasso não é uma opção”
Esta foi uma frase dita durante às Missões Apollo da Nasa nas décadas de 1960 e 1970. O significado dessas palavras ficou com a agência desde que foram pronunciadas.
O programa da Missão Apollo, no qual o primeiro homem pisou na Lua e retornou com segurança à Terra em 1969, se aposentou após o último pouso na Lua em dezembro de 1972.
Avançando rapidamente para os dias atuais, a Nasa anunciou seu retorno à Lua. A agência usará uma espaçonave construída em parceria com uma empresa aeroespacial privada para “pousar a primeira mulher e o próximo homem na Lua” em breve.
Inspiração grega
O nome do programa é Artemis e tem um significado especial na mitologia grega, pois Ártemis é a irmã gêmea de Apolo; cujo nome, referente às descobertas e à colonização, batizou o programa que levou o homem à Lua pela primeira vez.
Com efeito, a missão Artemis da Nasa planeja trazer quatro astronautas para a órbita lunar na espaçonave Orion, onde dois deles serão transferidos para um veículo de pouso da SpaceX para a aproximação final à lua.
A espaçonave Orion transportará a tripulação para o espaço e terá a capacidade de sustentá-la durante sua missão na lua. Em caso de emergência, a espaçonave é capaz de abortar a missão e devolver os astronautas à Terra.
As missões Orion serão partirão do porto espacial da agência no Kennedy Space Center, na Flórida, no topo do novo e poderoso foguete de carga pesada, o Sistema de Lançamento Espacial (Space Launch System).
Por que a Nasa está atrasando o pouso na lua?
Retornar à lua o mais rápido e seguro possível é uma prioridade da agência, segundo a Nasa. Contudo, a agência aponta que o Congresso americano não forneceu dinheiro suficiente para desenvolver um sistema de pouso para seu programa lunar.
Além disso, a Nasa ainda menciona a necessidade de um orçamento maior para sua cápsula Orion, de US$ 6,7 bilhões para US$ 9,3 bilhões.
De modo geral, a missão lunar já excedeu significativamente seu orçamento e os observadores há muito duvidam que a agência cumpra seu cronograma, mesmo com a alteração para 2025. Ademais, os atrasos causados pela pandemia de Covid-19 também tiveram um papel importante.
A missão Artemis foi ainda mais paralisada devido a uma contestação legal da empresa de foguetes de Jeff Bezos, Blue Origin. A SpaceX de Elon Musk recebeu um pedido da Nasa para desenvolver o primeiro dispositivo comercial de pouso lunar em abril do ano passado,
A Blue Origin de Bezos entrou com uma ação judicial contestando a decisão da agência. Finalmente, um tribunal federal decidiu a favor da Nasa e a agência espacial disse que continuaria trabalhando com a SpaceX.
Por que o homem ainda não voltou à Lua?
O último pouso na lua ocorreu em 14 de dezembro de 1972 – mais de 50 anos atrás. Desde então, nem os EUA nem qualquer outra nação chegaram perto de montar outra expedição lunar. As razões para isso se resumem ao dinheiro, essencialmente, e à falta de vontade política.
O entusiasmo por retornar à Lua aumentou novamente em meados dos anos 2000 com a Lei de Autorização da Nasa de 2005. Desta vez, o plano era estabelecer uma base lunar permanente para pesquisas em andamento, e o desenvolvimento começou em uma nova geração de foguetes.
Infelizmente, a crise econômica global rapidamente pôs fim a tais ambições. O Projeto Constellation foi logo desfinanciado, juntamente com uma parcela significativa do orçamento operacional da Nasa. Posteriormente, em 2011, a participação da agência no orçamento federal caiu para menos de meio por cento.
No entanto, as mentes otimistas ainda esperam um retorno à lua, que provavelmente, segundo a Nasa, ocorrerá em 2025.
Por Adelina Lima/segredos do Mundo