O governo do Rio estendeu as medidas restritivas de combate ao coronavírus.
Em decreto publicado nesta quinta-feira, 30, o governador Wilson Witzel bota o dia 11 de maio como novo prazo de validade das medidas, que incluem fechamento de escolas, suspensão de eventos e proibição de frequentar praias, por exemplo.
Enquanto isso, o Executivo fluminense já fala em um possível “lockdown”, ou seja, uma espécie de fechamento total do Estado. Em entrevistas para TVs ontem e hoje, o secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, afirmou que deve ser preciso fazer um isolamento social mais profundo, a fim de minimizar o já iminente colapso do sistema público de Saúde.
Nos últimos dias, o Rio tem registrado cerca de 60 mortes a cada 24 horas, o que leva o secretário a estimar que serão 1,8 mil óbitos até o fim de maio. Ele também já assume que o colapso da rede estadual se dará em maio, mesmo com a criação dos hospitais de campanha — serão oito ao todo, somando 1,8 mil leitos, entre UTI e enfermaria. Atualmente, a rede tem uma fila de mais 300 pessoas à espera de uma vaga de UTI.
Apesar de o decreto de Witzel — que atualiza outros já publicados por ele — conter uma série de medidas restritivas, as ruas do Rio têm continuado cheias em alguns pontos da capital, principalmente em bairros pobres da zona oeste e na orla em dias de sol.
Já no município, o prefeito Marcelo Crivella afirmou que vai estender as medidas até o dia 15 de maio. Elas incluem o fechamento do comércio, restrições no transporte e a obrigação do uso de máscaras, por exemplo.
Ao todo, no Estado, 8.869 pessoas já tiveram confirmação de covid-19, com 794 mortes. O secretário Edmar Santos, contudo, estima que o número de casos confirmados é de cerca de 140 mil, por causa da subnotificação. Ou seja, o dado real seria em torno de 15 vezes maior que o registrado oficialmente.
Do Estadão