“Esse não é o momento de nenhuma categoria fazer greve”, criticou o vice-prefeito da capital.
Uma empresa da Bahia, que não teve o nome divulgado, poderá assumir o transporte coletivo da Capital. A informação foi repassada nesta sexta-feira (29) pelo secretário de Finanças e vice-prefeito de Teresina, Robert Rios.
A tratativa com a empresa acontece após o prefeito Dr. Pessoa decretar calamidade pública no transporte público da Capital. Os motoristas e cobradores dos ônibus seguem em greve por tempo indeterminado.
Quebra do acordo
O vice-prefeito destacou ainda que houve quebra do acordo feito pela prefeitura com os empresários do Setut, tendo em vista que todos os valores exigidos pelos empresários foram pagos pelo executivo municipal, mas os ônibus não voltaram a circular. Robert disse que a população não pode ser penalizada por conta de uma briga entre patrões e empregados.
“A prefeitura fez um enorme sacrifício, o Dr. Pessoa deu tudo que as empresas queriam, fizemos um contrato com as empresas, as empresas assinaram ao contrato, tudo que a empresa pediu foi pago, o juiz homologou o contrato e quando ia normalizar o transporte em Teresina, eis que tem uma briga entre empresas e empregados e que não tem nada a ver com a prefeitura”, afirmou Rios.
“É um problema dos empregados com as empresas e quem tem que mediar essa questão é a Justiça do Trabalho. Não sei o porquê a Justiça do Trabalho não se movimentou, não tomou uma posição. Estamos penalizando uma cidade enorme como Teresina, são pessoas que precisam se locomover, precisam trabalhar, precisam ir a médicos, ir à rua e não estão conseguindo”, continuou o vice-prefeito.
Não é tempo de greve
Robert ainda criticou os motoristas e cobradores por deflagrarem a greve em um momento tão delicado como o atual, onde parte da população está desempregada e iniciando o retorno das atividades, após o pico da pandemia da covid-19.
“Esses empregados, motoristas e cobradores, estão esquecendo que estão brutalizando a população de Teresina. Estamos saindo de uma pandemia, em uma cidade cheia de desempregados. Esse não é o momento de nenhuma categoria fazer greve”, criticou o vice-prefeito.
Empresa da Bahia
O vice-prefeito explicou que a prefeitura estuda contratar uma nova empresa e já iniciou as conversas com empresários da Bahia. Caso a empresa assuma o comando do transporte público, outros trabalhadores deverão ser contratados, tendo em vista que Robert avaliou os trabalhadores como “não patriotas”.
“O Dr. Pessoa está tomando as providências, já decretou calamidade porque existe calamidade no transporte público de Teresina, isso é visível. Todos que moram em Teresina e precisam do transporte público está sofrendo essa calamidade. Já conversamos com empresas da Bahia, disposta a assumir o transporte de Teresina. O acordo é esse, vem ônibus de fora, empresa de fora e também serão contratados novos motoristas e novos cobradores, porque esses estão mostrando que não são patriotas com a cidade de Teresina”, seguiu o vice-prefeito.
Sem repasse
Conforme acordo firmado, a prefeitura deveria repassar uma segunda parcela para os empresários do Setut. Robert, no entanto, disse que o valor não será pago porque o contrato foi quebrado. “O acordo foi quebrado. O acordo é que os ônibus ficariam na rua, circulariam servindo o povo de Teresina. Se não tem ônibus circulando, como vamos pagar repasse? Nenhum repasse será pago. Nessas circunstâncias, nesse momento, não haverá repasse”, finalizou Robert Rios.
Com informações do GP1