Rússia acusa Ucrânia por morte de filha de “guru” de Putin

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FSB, a agência de segurança da Rússia, aponta serviço especial do governo ucraniano como responsável por executar o ataque a Darya Dugina, que morreu no sábado (20) após explosivos colocados em seu automóvel serem detonados.

O serviço de segurança da Rússia (FSB, na sigla local) acusou nesta segunda-feira (22) o serviço especial da Ucrânia pela morte de Darya Dugina, a filha do filósofo ultranacionalista russo Alexander Dugin, considerado um dos maiores influenciadores do presidente do país, Vladimir Putin.

Dugina morreu no sábado (20) após o carro que ela conduzia, ao lado do pai, explodir. Investigadores encontraram detonadores embaixo do automóvel. Dugin foi hospitalizado mas sobreviveu ao ataque.

Esta é a primeira vez que o governo russo se pronuncia oficialmente sobre o caso, cujos responsáveis ainda não foram encontrados. Segundo a agência de notícias russa TASS, a FSB afirmou ainda que o autor do ataque é um cidadão ucraniano que para a Estônia logo após a explosão.

Daria Dugina e seu pai, Alexander Dugin, considerado guru de Putin (Telegram/Reprodução)

Dugina e o pai são fortes defensores da invasão da Rússia à Ucrânia. Alexander Dugin é apontado como o responsável ideológico de Putin e quem o motivou para que a Rússia anexasse a península ucraniana da Crimeia em 2014.

No sábado, os dois voltavam de um evento no mesmo carro, um Toyota Land Cruiser, que explodiu em uma rodovia a 32 quilômetros a oeste de Moscou.

A Ucrânia ainda não havia se pronunciado oficialmente sobre o caso até a última atualização desta notícia.

Descrita pelos governos dos Estados Unidos e do Reino Unido como contribuinte de desinformação na invasão russa da Ucrânia em várias plataformas on-line, Dugina era formada em filosofia pela Universidade Estatal de Moscou.

Dugina, que tinha 30 anos, chegou a aparecer como comentarista no canal de TV nacionalista Tsargrad. Assim como o pai, apoiava o envio de tropas russas para a Ucrânia.

Em março, ela foi uma das pessoas sancionadas pelos Estados Unidos, ao lado de parte de uma lista de elites russas e agências de desinformação dirigidas pela inteligência do país. Seu pai já era sancionado desde 2015.

Por g1

Leonidas Amorim
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