O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (Republicanos), sancionou lei que prevê punição para torcedores, dirigentes e clubes por atos de machismo, racismo e homofobia em estádios de futebol da capital.
A medida de autoria da vereadora Pollyana Rocha (PV) já foi publicada no Diário Oficial do Município e entrará em vigor no prazo de 60 dias.
O texto prevê a aplicação de sanções, como o pagamento de multas, para quem proferir gritos, palavras de ofensa ou exponha cartazes com teor machista, homofóbico ou racista espaços esportivos de Teresina.
O secretário de Governo, André Lopes, avaliou a medida como um avanço para Teresina e destacou que a lei deverá ser devidamente regulamentada nos próximos dias. Ou seja, a administração municipal ainda definirá como fará a autuação e qual será o valor que será pago por quem cometer as infrações.
“É uma lei extremamente importante e uma iniciativa importante da Câmara Municipal, pois já não é tolerável termos nos estádios esse tipo de manifestação racista e homofobia, todos devem ser respeitados por suas opções e, principalmente, por sua natureza”, destacou.
Em estados como o Paraná, onde lei semelhante já foi instituída e regulamentada, as multas para torcedores podem variar de R$ 5,6 mil a R$ 22,4 mil. Para clubes e dirigentes, o valor varia de R$ 56 mil a R$ 112 mil.
CASOS EM TERESINA
Em 2019, o Piauí registrou um caso de injúria racial em partida de futebol no estádio Lindolfo Monteiro: o zagueiro Allan estava em uma partida quando foi surpreendido por um torcedor chamando-o de “macaco”. Outro caso ocorreu ainda no mesmo ano no estádio Albertão. O juiz Ludiney Silva estava apitando a partida entre River e Timon quando foi chamado de “nego urubu ladrão” e que ele deveria “voltar para o lixo”.
Com informações do Cidade Verde