Alguns pequenos hábitos saudáveis, se inseridos na rotina, ajudam a manter a saúde mental.
Parece corriqueiro, mas atitudes simples do dia a dia são grandes “aliadas” quando o assunto é prevenção de doenças mentais. Isso inclui desde bater papo com um amigo até comer em um restaurante ou ir ao cinema em boa companhia.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 23 milhões de brasileiros – cerca de 12% da população – apresentam algum tipo de transtorno mental, número que aumentou com o início da pandemia da Covid-19, principalmente quando falamos de duas doenças comuns dentro da psiquiatria: depressão e ansiedade.
Ainda segundo dados da OMS, desde março de 2020, quando a pandemia se instalou no mundo todo, os casos de depressão e ansiedade aumentaram 25%, o que pode ser explicado pelo isolamento social.
É fato que a grande maioria das pessoas possui a necessidade de fazer coisas que as façam sentir bem – como ir ao cinema, ao shopping, se reunir com amigos em um bar ou em um restaurante. “Esse contexto faz parte da socialização, uma ação simples, porém extremamente importante e eficaz no combate de transtornos mentais. Uma pessoa que não socializa tem maiores chances de diminuir o seu bem estar psíquico, e isso pode contribuir para o adoecimento. Depressão e ansiedade estariam entre os transtornos de maior risco”, explica o psiquiatra Ariel Lipman. .
Depressão e ansiedade aumentaram com isolamento social
Não é segredo para ninguém que, com a pandemia, cresceram os casos de depressão e ansiedade no mundo todo, principalmente por conta do isolamento social, o que mostra que sair, encontrar amigos e socializar faz bem à saúde.
Os transtornos psiquiátricos tiveram um “boom” no período: 25% a mais, de acordo com um estudo científico da OMS. “Sem dúvida, a pandemia de covid-19 foi um dos fatores mais estressantes que as últimas gerações já vivenciaram”, avalia o Dr. Ariel.
- Depressão atinge mais as pessoas que moram sozinhas
Homens e mulheres que moram sozinhos têm até 80% mais chances de desenvolver depressão quando comparados com pessoas que moram com mais gente, de acordo com um estudo da BMC Public Health, desenvolvido no Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional.
A pesquisa deixa explícito que, até mesmo quando falamos de pequenos e simples contatos do dia a dia, como com os pais, marido e filhos, estamos falando também de uma poderosa arma no combate a doenças mentais.
- Amizade aumenta a felicidade
É claro que estar perto dos amigos é a melhor forma de socializar-se. Por isso, estar em um bar, no cinema, no shopping, sair com os amigos para um almoço, ou encontrá-los em diferentes lugares – academia, trabalho, faculdade – são momentos de bem-estar, onde a pessoa é capaz de esquecer seus problemas e tirar um tempo para se divertir.
- Respeitando os limites
Manter a socialização é essencial, mas é importante não “forçar” uma situação, já que a interação deve acontecer de forma confortável e de acordo com a capacidade e possibilidade de cada um. “Um paciente ainda fragilizado por alguma doença, por exemplo, provavelmente suportará um tempo menor e ‘programas’ mais simples e que exigem menos deslocamento”, comenta o psiquiatra.
O especialista ressalta que as pessoas não são iguais e possuem interesses e características distintas. “É fundamental entender o porquê da pessoa não querer socializar. Houve uma mudança? Antes a pessoa gostava e de repente parou de gostar? Há outros sintomas associados? Ao responder essas perguntas, conseguimos entender se há algum quadro psiquiátrico envolvido e dessa forma abordar de maneira correta”, esclarece o médico.
Por outro lado, se uma pessoa socializa pouco e se sente bem dessa forma, não é necessário que ela se force a fazer algo que não é do seu agrado. “Portanto, se há alguma dúvida nesse sentido, o melhor é sempre procurar ajuda especializada”, conclui.
Da Redação
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