Desde a assinatura do decreto de emergência em saúde pública, no dia 13 de maio, o estado já registrou 10 mortes de crianças por síndromes gripais. Hospital universitário reabriu leitos que estavam fechados desde a pandemia.
Dez crianças com menos de 6 anos de idade morreram de síndrome gripal no Amapá nas últimas duas semanas. O estado decretou emergência de saúde.
A rede pública hospitalar infantil está lotada: 122 crianças estão internadas; 36 na UTI. A filho da dona de casa Andréia Vieira está no hospital com sintomas da síndrome gripal.
“Dá um medo muito forte de ver o nosso filho com isso. Ainda mais que estão acontecendo mortes de crianças. A gente fica em desespero, fica com medo”, diz.
A situação é tão complicada que o hospital universitário abriu 20 leitos pediátricos. Até o oxigênio para atendimento teve que vir de outros estados. Oito crianças menores de 4 anos já foram transferidas para lá. A direção do hospital quer abrir ainda mais leitos nos próximos dias.
“A expectativa é abrir pelo menos quatro leitos de UTIs na segunda-feira”, afirma Aljerry Rego, superintendente do hospital universitário.
Desde a assinatura do decreto de emergência em saúde pública no dia 13 de maio, o Amapá já registrou dez mortes por síndromes gripais. As últimas vítimas foram dois bebês – um de 2 e outro de 3 meses – que estavam internados em um hospital no centro de Macapá e morreram na noite desta quinta-feira (1º).
Com agravamento do quadro, a campanha de imunização foi reforçada nas duas últimas semanas e conseguiu atrair a população. Atualmente, o Amapá se tornou o único estado do país a atingir a meta do Ministério da Saúde, com mais de 90% do grupo prioritário vacinado.
“No momento atual que a gente está vivendo, de doenças respiratórias, é muito importante ter tudo atualizado”, diz o autônomo Lucas Dias.
Por Jornal Nacional