Na primeira semana de agosto, pesquisadores da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, concluíram ser possível a reinfecção pelo novo coronavírus após estudarem o caso da técnica de enfermagem de 24 anos, Gabriela Carla da Silva. Ela voltou a testar positivo para a doença 50 dias após o primeiro resultado que confirmava a Covid-19.
Nesta segunda-feira (24), dia que em cientistas confirmaram o primeiro caso de reinfecção comprovada – um paciente de 33 anos em Hong Kong –, Gabriela relatou à CNN como foi ter receber segundo diagnóstico para a doença.
“Da primeira vez que tive a doença, em maio, fiquei com sintomas leves. Comecei com dor de cabeça e sinais leves de gripe. Já no final de junho foi quando tive sintomas mais característicos, como perda de olfato, paladar, dor de cabeça e dor de garganta. Da segunda vez que tive a Covid-19, fiquei com sintomas bastante característicos, foi bem mais intenso.”
Ela explica que da primeira vez não sabe dizer o local em que contraiu o novo coronavírus, mas que a segunda infecção deve ter ocorrido em casa, pois, no mesmo período, os pais dela testaram positivo para a doença.
Gabriela afirma, porém, que resultados de testes sorológicos indicaram que o corpo dela está produzindo anticorpos para a doença.
O caso dela ainda é investigado. Médicos envolvidos buscam entender se ela contraiu duas variedades diferentes do vírus.
“Eles dizem que não há como excluir possibilidades e pretendem investigar as duas infecções porque elas tiveram sintomas diferentes.”
(Edição: Sinara Peixoto)
Da CNN, em São Paulo