O especial foi ao vivo nesta sexta-feira (29), direto da Jerumenha do Piauí, com entrevistas e conteúdos inéditos da Juromenha de Portugal.
Promovendo a autoestima do Piauí, o especial “200 Anos – Bicentenário da Independência”, produção do Grupo Meio Norte de Comunicação (GMNC), é uma iniciativa inovadora que conta a história de localidades homônimas entre o Piauí e Portugal. Agora é a vez de Jerumenha, que tem uma irmã portuguesa chamada Juromenha. O resgate promove valorização e sentimento de pertencimento para a população.
O especial foi ao vivo nesta sexta-feira (29), direto da Jerumenha do Piauí, com entrevistas e conteúdos inéditos também da Juromenha de Portugal. A repórter Cinthia Lages comandou o especial com maestria para os telespectadores da Rede Meio Norte. O especial foi ao ar durante o Jornal Agora, com apresentação de Amadeu Campos.
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A população de Jerumenha aguardou com ansiedade pela transmissão e montou uma estrutura para acompanhar a programação direto da principal praça da cidade, em frente à Igreja de Santo Antônio. A construção, fundada em 1746, é uma das mais antigas do Piauí. A estrutura completa 276 anos em 2022.
Cidades homônimos desde o princípio
O nome da cidade de Jerumenha mudou a grafia ao longo dos anos, como apontam os historiadores. Antes a localidade também se chamava Juromenha, como em Portugal.
Cinthia Lages e a equipe foram muito bem recepecionados na cidade. O conteúdo produzido pela Rede Meio Norte para o Bicentenário da Independência será disponibilizado para todas as escolas para ser aproveitado em aulas de história, por exemplo.
“Nossa gratidão às Unidades Escolares Manoel Afonso Ferreira, Vicente Fonseca, Sebastião Leal e todos os alunos de ensino fundamental e médio que participaram desse momento”, disse Cinthia Lages.
Uma caixa repleta de histórias
No dia 7 de setembro de 1922 os moradores de Jerumenha foram ao cruzeiro, o ponto mais alto da cidade, para fazer um ritual para a própria história.
“Um grupo se reuniu e fizeram uma caixa de vidro com várias coisas, inclusive documentos. Esses documentos, em poder da igreja, tem publicidade da época, o farmacêutico falado do preço do quinino, um analgésico. Tem um documento sobre a quantidade de moradores, eram 580, até as casas de telha e palha eram foram contabilizadas. Além disso tinha a Escola do Fico, uma escola particular para mulheres. Era para debater o centenário da independência. Por acaso do destino, o cruzeiro começou a ameaçar ruir e a caixa foi desenterradas. Agora eles vão fazer novamente coletando assuntos para comemorar os 200 anos da Independência, inclusive com a passagem da Rede Meio Norte. É algo inédito em todo o Brasil”, reporta Cinthia Lages.
Veja as imagens:
Cinthia Lages explica que o bicentenário é uma oportunidade de conhecer as origens do Piauí e compreender tradições e culturas.
Vai além da língua que compartilhamos. As cidades homônimas do Piauí receberam esses nomes como homenagens a personagens que tinham alguma relação com as portuguesas. É um momento de resgate histórico que nos ajuda a ter uma melhor compreensão de como nos formamos enquanto povo”, revela.
As belas paisagens portuguesas e piauienses enriquecem a produção.
“No caso da Vila de Jerumenha, uma fortaleza que busca resgatar seu papel na história portuguesa a partir da reconstrução do patrimônio arquitetônico. Mostraremos, além da beleza do lugar, as particularidades do lugar onde vivem apenas 60 pessoas”, acrescenta.
A jornalista defende a necessidade de mostrar o enlace cultural entre os dois povos.
“Quem acha que conhecer esses lugares e contar suas histórias resume-se a fazer comparação entre elas não conhece a riqueza do nosso estado e da nossa própria história. O projeto visa contribuir para esse conhecimento e para a reflexão”, finaliza.
As informações são do Meio Norte