A visita por si já tem o seu valor, e ganha dimensão ainda maior com o encontro do pontífice e da mais alta autoridade xiita iraquiana, o aiatolá Ali Al Sistani.
O papa Francisco celebrou a primeira missa pública em território iraquiano. Foi na Igreja de São José, na capital Bagdá. A audiência foi limitada a 100 pessoas por conta da Covid-19, mas o santuário estava lotado. A maioria dos convidados usou máscaras. O distanciamento social não foi respeitado.
A viagem de Francisco marca a história das religiões com uma série de fatos inéditos. Um dos pontos mais altos aconteceu mais cedo em Najaf, cidade santa para os muçulmanos xiitas. Em importância no Islã, fica atrás apenas de Meca e de Medina, ambas na Arábia Saudita.
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A visita por si já tem o seu valor, e ganha dimensão ainda maior com o encontro do pontífice e da mais alta autoridade xiita iraquiana, o aiatolá Ali Al Sistani. No centro da conversa, que durou 55 minutos, a segurança da minoria cristã no país.
O papa falou da colaboração e da amizade entre as comunidades religiosas para o bem do Iraque e de todo o Oriente Médio. O aiatolá, que tem voz política decisiva, destacou o papel das lideranças religiosas no combate à violência, e pediu às grandes potências para que deixem de lado a linguagem da guerra.
De Najaf, o papa foi para a planície de Ur, terra de Abraão, pai das religiões monoteístas. Francisco elogiou os jovens muçulmanos por terem ajudado os cristãos a reconstruírem igrejas depois do domínio do terrorismo no norte do país. E é para lá que o papa viaja no domingo, para visitar Mossul, que foi reduto do Estado Islâmico, até 2017.
Adriana Mabília, da CNN